Bruno Henrique é convocado para depor em inquérito do STJD sobre manipulação de resultado

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O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi convocado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para prestar depoimento em audiência privada na próxima segunda-feira, 27. O jogador é investigado por supostamente ter forçado um cartão amarelo em uma partida contra o Santos, durante o Campeonato Brasileiro de 2023, com o objetivo de beneficiar apostadores.

A investigação foi iniciada com base em provas colhidas pela Polícia Federal, que encontrou mensagens nos celulares de investigados mencionando o episódio. Entre elas, um diálogo entre o atleta e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, em que este pergunta quando Bruno Henrique receberia o terceiro cartão amarelo. O jogador responde: “Contra o Santos”.

Além de Bruno Henrique, outras testemunhas também foram chamadas a depor. O inquérito segue em fase final, e o STJD ainda decidirá se apresentará denúncia formal ou arquivará o caso. Como não houve pedido de suspensão preventiva, o atacante segue à disposição do Flamengo para os próximos jogos.

O jogador foi indiciado com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata de fraude em resultados esportivos, com pena prevista de dois a seis anos de prisão. Ele também responde por estelionato, cuja pena varia de um a cinco anos de reclusão.

Outros nomes ligados ao atleta também foram indiciados, como o irmão Wander, sua esposa Ludymilla Araújo Lima e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso — todos envolvidos em apostas relacionadas ao caso. Um segundo grupo de apostadores, formado por amigos de Wander, também é citado na investigação: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.

Bruno Henrique também pode se tornar réu na Justiça comum. Indiciado pela Polícia Federal em abril, ele aguarda a decisão do Ministério Público do Distrito Federal sobre a apresentação ou não da denúncia. A defesa do jogador já protocolou um pedido de arquivamento do inquérito, que está sob análise do MP.

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