Buracos e lixo no caminho do goianiense

Reportagem do DE encontrou vários buracos e lixos espalhados na capital

Buracos atrapalham muito a vida dos moradores de qualquer cidade. Em Goiânia, não é diferente. Após percorrer alguns bairros da capital, a equipe do Diário do Estado encontrou muitos buracos e também lixo espalhado em vários locais da cidade.

As fissuras estão presentes tanto em lugares com pouca circulação de veículo como em grandes avenidas. Um buraco de grandes dimensões foi encontrado na Avenida Fued Sebba, no Jardim Goiás, próximo ao Serra Dourada. A via é uma importante rota de acesso ao Paço Municipal. A reportagem pôde observar que motoqueiros e motoristas tinham que desviar constantemente para não caírem.

No Jardim Vitória II, além das crateras, o lixo também estava presente. Em uma das avenidas, onde deveria ter uma calçada, uma grande quantidade de entulho e lixo doméstico podem ser vistos. O “lixão improvisado” estende-se por cerca de 50 metros.

A moradora M. R. afirmou que o lixo é comum na região e que a Comurg não costuma recolher os entulhos. “Isso daí é normal por aqui. Já está assim faz um tempo. Vem a reportagem, a prefeitura fala que vai recolher o lixo, mas nunca vem”.

Já a advogada Julieta Gontijo afirmou que alguns buracos no bairro foram feitos pela Saneago. “Esse buraco aqui tem mais de seis meses. Foi feito pela Saneago para arrumar um vazamento e nunca foi arrumado. Já ligamos para pedir solução e até agora nada”, diz apontando para uma fissura de quase 60 centímetros de diâmetro.

No Jardim das Laranjeiras também foi possível encontrar lixo espalhado nas calçadas e em estabelecimentos comerciais. Os moradores do local se preocupam com o período das chuvas já que o lixo poderá ser espalhado e entupir os bueiros da região e provocar enchentes e doenças.

Lixo no Jardim Vitória II (Foto: Walter Peixoto)

Consequências

Além de poderem avariar os veículos, os buracos também podem causar acidentes. Na época onde as chuvas são mais constantes, os acidentes aumentam já que os condutores não conseguem enxergar a profundidade do buraco devido a água acumulada.

Vale lembrar que o Código de Trânsito Brasileiro determina que é de responsabilidade do governo que administra a via garantir a segurança de quem trafega. “Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro”.

Respostas

Nossa reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) e o órgão respondeu que na próxima semana, enviará uma equipe dos serviços de tapa buracos, para solucionar os problemas. Já a Comurg não respondeu até o fechamento desta reportagem.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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