Busca e resgate das vítimas continua após queda da ponte JK

A Marinha decidiu estender as operações de busca e resgate às três vítimas que seguem desaparecidas, após a queda da ponte JK, que liga Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA). Ao todo, 14 pessoas perderam a vida nesse trágico acidente. Novos mergulhos serão realizados em áreas ainda não exploradas para tentar localizar as vítimas que ainda não foram encontradas.

A decisão de ampliar as buscas foi tomada após o Consórcio Estreito Energia (CESTE) informar que poderia controlar a vazão das águas da usina hidrelétrica de Estreito por mais alguns dias, o que permitirá janelas de mergulho. Anteriormente, a Marinha havia indicado que as operações de resgate poderiam ser encerradas, caso não surgissem novos indícios que levassem à localização dos desaparecidos.

Desde o início das operações, a Força-Tarefa tem concentrado esforços nas áreas com maior probabilidade de localização das vítimas, especialmente nas proximidades dos veículos e escombros. A correnteza do rio Tocantins tem sido um desafio para as operações de resgate, dificultando a busca pelos corpos que ainda não foram localizados.

Entre as vítimas que ainda não foram encontradas estão Salmon Alves Santos, de 65 anos, Felipe Giuvannuci Ribeiro, de 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos. A correnteza do rio tem contribuído para arrastar os corpos e materiais para longe do local da queda da ponte, tornando o trabalho dos mergulhadores ainda mais complexo.

Uma empresa contratada retirou 10 bombonas de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins após o desabamento da ponte. Além disso, tanques com ácido sulfúrico no leito do rio também apresentaram um pequeno vazamento. A remoção desses materiais tóxicos está sendo realizada com cuidado para evitar maiores danos ao ambiente.

Até o momento, 14 vítimas foram localizadas e resgatadas, enquanto três pessoas continuam desaparecidas. A identificação dos corpos encontrados está sendo feita por equipes de peritos e agentes especializados. A reconstrução da ponte que caiu na BR-226 entre Tocantins e Maranhão já está em andamento, com previsão de conclusão até dezembro de 2025.

A cidade de Estreito decretou situação de emergência devido aos prejuízos causados pelo desabamento da ponte, solicitando apoio técnico e financeiro dos governos federal e estadual. O reconhecimento da situação de emergência pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional permitirá a solicitação de recursos federais para ações de Defesa Civil e outras necessidades urgentes. A busca pelos desaparecidos continua intensa, com a esperança de que todas as vítimas sejam encontradas e suas famílias possam ter o merecido descanso.

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Inflação em São Luís em 2024: alta de 6,51% impulsionada por alimentos e transporte – Principais destaques e perspectivas para 2025.

A inflação em São Luís fechou o ano de 2024 acumulando uma alta de 6,51%, sendo impulsionada principalmente pela elevação nos preços dos alimentos e transporte. O preço do café moído foi o que mais subiu, registrando uma variação de 42,51%, o maior aumento entre todas as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em São Luís registrou uma alta de 0,71% no mês de dezembro de 2024, resultando em uma inflação acumulada de 6,51% ao longo do ano. Esta foi a maior taxa entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, indicando um cenário de aceleração nos preços ao consumidor em comparação ao mês anterior.

O aumento observado em dezembro superou o índice registrado em novembro, sinalizando uma tendência de alta nos preços. Os principais responsáveis por esse aumento foram os grupos de despesa de transportes e alimentação e bebidas, com alta de 2,11% e 1,37%, respectivamente. O preço dos alimentos na capital subiu 8,89% ao longo do ano, sendo o café moído o item com a maior elevação, atingindo 42,51%.

Em 2024, a média nacional da inflação foi de 4,83%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central. Isso reflete a pressão sobre os preços em todo o país, sendo os alimentos e transportes os principais vilões nesse cenário. Além disso, o grupo de habitação apresentou deflação de -0,60% em dezembro, influenciado pela queda nos preços da energia elétrica residencial devido à mudança na bandeira tarifária.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), não foi alcançada em 2024, o que implica em medidas mais rígidas por parte do Banco Central. O aumento da taxa básica de juros é uma das ferramentas utilizadas para conter a inflação, impactando diretamente no consumo da população. Em caso de estouro da meta, o presidente do BC precisa enviar uma carta ao chefe do CMN explicando os motivos por trás desse cenário.

Diante desse panorama, as perspectivas para 2025 indicam a necessidade de uma política monetária mais restritiva, com possíveis elevações nos juros. Isso pode impactar a tomada de crédito para pessoas e empresas, influenciando o consumo e movimentando a economia. A busca por um equilíbrio na inflação é essencial para garantir a estabilidade econômica do país e evitar impactos negativos no mercado financeiro e na vida da população em geral.

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