Buscas intensas por brasileira que caiu em trilha na Indonésia: drone térmico em ação

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Buscas por brasileira que caiu em trilha na Indonésia vão contar com drone térmico, diz diplomata

Juliana Marins, que fazia um mochilão pela Ásia, caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani. Ela está há mais de 48 horas aguardando ajuda.

Brasileira que caiu à beira de um vulcão, na Indonésia, está há mais de 48 horas à espera de socorro

Representantes diplomáticos do Brasil na Indonésia disseram à família da brasileira Juliana Marins, que caiu durante uma trilha no país asiático e ficou mais de 48 horas aguardando resgate, que as buscas foram retomadas no início da manhã desta segunda-feira (23), no horário local.

O resgate havia sido suspenso neste domingo por causa das condições climáticas difíceis na região, com muita neblina. Segundo o embaixador que falou com a família, um drone térmico, que capta o calor do corpo para tentar localizar a pessoa. O Itamaraty também confirmou no início da noite deste domingo que as buscas entraram no terceiro dia.

A publicitária Juliana, que é de Niterói e tem 26 anos, fez uma trilha com um grupo de cinco turistas, com um guia, para conhecer o Monte Rinjani, a mais de 3 mil metros de altura. A brasileira fazia um mochilão percorrendo vários países asiáticos como Filipinas, Vietnã, Tailândia, antes de chegar à Indonésia.

A irmã de Juliana, Mariana, disse em entrevista ao Fantástico que ainda tem esperança de que ela seja encontrada. “Ela continua desaparecida e nossa expectativa é de que nas próximas horas esse resgate seja retomado na tentativa de encontrar a Juliana”.

INFORMAÇÃO DESENCONTRADA

Irmã de brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia desmente resgate

A família da brasileira neste domingo as informações divulgadas por autoridades indonésias e pela Embaixada do Brasil em Jacarta de que a jovem teria recebido comida, água e agasalho após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia. Segundo Mariana Marins, irmã da mochileira, o resgate ainda não conseguiu chegar até Juliana.

“A irmã também denunciou que vídeos divulgados como sendo do momento do resgate foram forjados. Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, junto com essa mensagem associada a ele”, disse Mariana.

No fim da manhã deste domingo, início da noite na Indonésia, a família de Juliana informou que as buscas pela brasileira foram oficialmente suspensas devido às condições climáticas adversas.

Em uma postagem nas redes sociais, Mariana deu detalhes sobre a queda da irmã na trilha. Segundo ela, Juliana saiu com um grupo de cinco pessoas e um guia local. O grupo já estava em seu segundo dia de trilha, quando Juliana disse que estava cansada para continuar.

PAI CRITICA GOVERNO BRASILEIRO

O pai de Juliana, Manoel Marins, fez duras críticas à atuação das autoridades brasileiras no caso. Em contato com a TV Globo, ele afirmou que a família não recebeu apoio da Embaixada do Brasil na Indonésia e que as informações divulgadas até o momento são falsas.

“A gente não sabe onde ela está. As autoridades não chegaram até ela. Ela não recebeu água, não recebeu comida. Ela está sozinha há mais de 36 horas e parece que agora eles nem sabem onde ela está”, comentou o pai de Juliana.

O QUE SE SABE ATÉ AGORA

Juliana Marins caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, uma das atrações turísticas mais conhecidas da Indonésia. A queda ocorreu na madrugada de sábado, no horário local. Ela teria escorregado e caído cerca de 300 metros abaixo da trilha original.

A jovem estava sozinha no momento do acidente e foi localizada por turistas que passaram pela trilha horas depois. Eles usaram um drone para encontrá-la e divulgaram vídeos nas redes sociais, o que ajudou a informação a chegar até a família no Brasil.

QUEM É JULIANA MARINS

Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atua como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

A jovem compartilhou registros da viagem nas redes sociais, onde mantinha contato com amigos e seguidores. O acidente interrompeu abruptamente a jornada, e agora familiares e amigos acompanham com apreensão a busca por notícias concretas sobre seu estado de saúde e localização.

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