Nesta sexta-feira, 23, o Instituto Butantan informou que pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permissão para começar a testar a vacina ButanVac em seres humanos. Além disso, já foi iniciada a produção da vacina em sua fábrica.
O presidente do Butantan, Dimas Covas, explicou que os pedidos são para testes de fases 1 e 2, que objetiva verificar se as substâncias são seguras e se tem capacidade de promover uma resposta imune. De acordo com ele, a documentação completa foi enviada à agência.
“Submetemos hoje, aguardamos agora o parecer da Anvisa. Esperamos que isso ocorra dentro do mais curto espaço de tempo possível dado a urgência do momento“, declarou.
Covas reforçou que o imunizante é produzido inteiramente no Brasil e que “não depende da importação de nenhuma matéria prima“. Se for eficaz contra o coronavírus e segura para seres humanos, a produção pode ser mais fácil devido a não precisar da importação de insumos.
O presidente do Butantan informou que objetiva que o estudo clínico seja realizado em 20 semanas.
A ButanVac começou a ser pesquisada em março de 2020. O Ministério da Saúde não patrocinou os estudos, que foram pagos com recursos do próprio Butantan e do governo do Estado de São Paulo. No entanto, o Estado não vai comprar lotes do imunizante de forma individual. A vacina deve ser ofertada ao governo federal antes de serem celebrados contratos individuais de compra e de exportação para outros países.
O objetivo é encerrar todos os testes e ter 40 milhões de doses da ButanVac até o fim de 2021.