Uma cabeleireira de Jaboticabal (SP) foi presa em flagrante nesta terça-feira (21) por suspeita de vender canetas emagrecedoras dentro do próprio salão de beleza. Catorze unidades do produto foram apreendidas, já preparadas para pronta entrega, além de materiais que faziam parte do kits que era fornecido para os compradores. As canetas emagrecedoras eram armazenadas na geladeira da casa de Laís Samara Alonso, que fica em frente ao estabelecimento que ela é dona. O produto era vendido por meio de anúncios nas redes sociais do salão e dela.
No texto utilizado para a comercialização, a cabeleireira prometia aos seguidores uma ‘mudança de vida’ e postava imagens de antes de depois na tentativa de mostrar o resultado que teria obtido com o produto. Uma das publicações anunciava a caneta emagrecedora por dez parcelas de R$ 130 e entrega para todo o Brasil. Laís foi encaminhada para a Cadeia de Pradópolis (SP) e deve passar por audiência de custódia na quarta-feira (22). Ela deve responder por crime contra a saúde pública.
Ao DE, a advogada Lidiana Lopes da Silva, que defende a cabeleireira, disse que futuramente vai prestar declarações à imprensa sobre o caso. O delegado Oswaldo José da Silva revelou que a polícia chegou até Laís por meio de uma denúncia anônima no Setor de Investigações. Eles [os investigadores] mantiveram contato com a pessoa responsável pelo local, que é uma casa onde na frente funciona um salão de cabeleireiro e, logo na entrada, encontraram algumas caixas desses medicamentos já vazias, que haviam sido violados os lacres do correio para entregar para o usuário.
As canetas emagrecedoras não tinham nota fiscal e nem qualquer documento que comprovasse a procedência. O delegado acredita que a comercialização era feita por meio de importação clandestina. A Vigilância Sanitária também esteve no local. Ainda de acordo com o delegado, a pena para o crime contra a saúde pública pode chegar a 15 anos de reclusão. A Polícia Civil, agora, vai investigar como a cabeleireira conseguiu ter acesso ao medicamento. Ela comentou que [o material] era fornecido por um morador do estado de Goiás, não deu mais detalhes a respeito. Ela entrava em contato via WhatsApp e fazia as encomendas. A importação era clandestina, ela estava colocando em risco a saúde pública’.
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