Cabeleireira é agredida com golpes de facão após ser confundida com mulher trans

Um jovem de 20 anos esfaqueou uma cabeleireira brutalmente após confundi-la com uma pessoa transexual. A agressão ocorreu na última quarta-feira, 10, no bairro Santo Amaro, área central de Recife.

Segundo jornais locais, a vítima, de 41 anos, estava sentada na calçada da Avenida Agamenon Magalhães, devido à falta de energia no local em que ela trabalha. Em certo momento, a mulher ficou de costas para a rua e foi surpreendida por um homem, que a golpeou com um facão nos braços, mão e orelha.

O agressor foi contendido por moradores, que assistiram à situação incrédulos e acionaram a polícia. Ele foi detido e conduzido para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sendo identificado como João Victor Santos da Silva, de 20 anos.

Em depoimento, o homem contou ter confundido a vítima com uma pessoa transgênero e por isso a atacou. Ele foi autuado em flagrante pelo crime de tentativa de homicídio e deve passar por audiência de custódia.

Já a cabelereira foi socorrida por vizinhos e levada ao Hospital de Restauração, onde recebeu atendimento médico.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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