Cabo da PM mata jovem negro após acusá-lo de roubo, em São Paulo

Um cabo da Polícia Militar de São Paulo foi preso em flagrante no último sábado (17) após matar um jovem negro de 20 anos. O militar estava de folga e acusou o jovem de furta seu celular, que foi encontrado em seu carro junto com documentos e boletos no nome da vítima.

Segundo boletim de ocorrência registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoas (DHPP), os dois chegaram juntos a um bar localizado na Vila Medeiros, na Zona Norte de São Paulo.

De acordo com testemunhas, os dois estavam bastante embriagados, compraram mais bebidas alcóolicas e foram beber em um fundo do bar, onde havia três máquinas de jogos de azar desligadas. Em certo momento, o policial sentiu falta do seu celular e começou a discutir com a vítima, afirmando que o jovem havia o furtado.

Testemunhas ainda relataram que em certo momento, foram ouvidos dois disparos de armas de fogo, efetuados pelo cabo com um revólver Taurus. Uma testemunha desarmou o policial, que estava bastante agitado.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para prestar socorro a vítima, mas, de acordo com o boletim de ocorrência, a vítima chegou morta ao hospital.

Em depoimento, o PM afirmou que reagiu a uma tentativa de assalto. A prisão em flagrante do polícia por homicídio foi convertida pela Justiça em prisão preventiva, e o cabo permanece detido no Presídio Militar Romão Gomes, que abriga PMs acusado de crime.

O caso está sob investigação do DHPP, que pediu perícia no celular do policial.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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