Cabo da PM morre engasgado com comida durante treinamento da Força Tática: Atestado de óbito revela ruptura no esôfago

Atestado de óbito aponta ruptura no esôfago de cabo da PM que morreu engasgado com comida

Alan Roberto de Freitas Silva ficou 33 dias internado no HC de Ribeirão Preto após engasgar durante treinamento da Força Tática, mas não resistiu.

Alan Roberto de Freitas Silva, de 35 anos, participava de um curso de treinamento da Força Tática em Ribeirão Preto, SP — Foto: Redes sociais

O atestado de óbito que aponta as causas da morte do cabo da Polícia Militar Alan Roberto de Freitas Silva, de 35 anos, mostra que ele sofreu choque séptico refratário, mediastinite e síndrome de boerhaave, que é a ruptura do esôfago.

Alan, que é de Franca (SP), participava de um treinamento da Força Tática em Ribeirão Preto (SP) quando engasgou com um pedaço de frango durante uma refeição. O curso começou no dia 14 de outubro e o caso aconteceu quatro dias depois, no dia 18.

O cabo chegou a ser socorrido e encaminhado para uma unidade de pronto atendimento, mas, por conta da gravidade do estado de saúde dele, precisou ser transferido para a unidade de emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde permaneceu internado por 33 dias até morrer na quinta-feira (21).

Ao DE, a esposa do policial, Sarah Paschoarelli, disse que já tinha ouvido dos médicos que esta ruptura no esôfago seria a possível causa da morte.

“A causa do choque séptico refratário e mediastinite é uma infecção no pulmão, que espalhou. E essa síndrome [de boerhaave] é a força, no momento do engasgo ali, a pressão que foi feita pro desengasgo, para vomitar. Causou a lesão no esôfago, rompeu o esôfago, deu uma infecção no pulmão e ele veio a falecer. Ele lutou, ficou internado, mas infelizmente a infecção foi mais forte”.

À EPTV, afiliada da TV Globo, a Polícia Militar informou que instaurou sindicância para apurar as circunstâncias da morte do policial e disse que uma equipe médica investiga se a causa é uma patologia pré-existente.

O curso começou no dia 14 de outubro e o policial passou mal quatro dias depois. Sarah conta que quando ficou sabendo que o marido estava internado, foi até Ribeirão Preto. Ao chegar no hospital, ela conseguiu falar com o policial antes que ele fosse sedado.

“Quando consegui falar com ele, ele tinha tomado morfina pra dor. Ele falava que não era nada, estava tudo bem, que em três dias iriam pra casa comer pizza. Ele me disse que passou fome no curso e estava ansioso para chegar em casa e comer pizza”.

Segundo a mulher, o marido se engasgou com um pedaço de frango.

“Eu não sei da história toda, não sei o que aconteceu naquele dia, mas ele disse que foi comer, tinham poucos minutos para comer e na primeira garfada, ele já sentiu que travou a comida, entalou. Já assustou, não chegou a ter falta de ar, mas pediu para tomar suco e ir para o alojamento vomitar. Ele suava frio, comentou comigo que suava frio, e foi ficando pálido”.

Alan foi socorrido dentro do próprio batalhão onde acontecia o treinamento e encaminhado para uma unidade de pronto atendimento. Por conta da gravidade do estado de saúde, precisou ser transferido para a unidade de emergência do Hospital das Clínicas.

Pai de Alan, Wellington Aires Silva, nega que o policial tivesse qualquer doença. Ele afirma que Alan amava a profissão e promete responsabilizar pelas informações incorretas no boletim de ocorrência. O caso foi registrado como morte suspeita – acidental no 6º DP de Ribeirão Preto.

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Prisão de suspeito de envolvimento na execução de delator do PCC em Praia Grande, SP- ASSISTA agora!

Vídeo mostra prisão de suspeito de envolvimento na execução de delator do PCC;
ASSISTA

Matheus Augusto de Castro Mota foi encontrado e preso em Praia Grande, no
litoral de São Paulo. Ele é acusado de emprestar dois carros usados na fuga.

Vídeo mostra prisão de suspeito de envolvimento na execução de delator do PCC
[https://s03.video.glbimg.com/x240/13171966.jpg]

O DE teve acesso, nesta terça-feira (10), às imagens da prisão de Matheus
Augusto de Castro Mota, segundo suspeito de participar do assassinato do delator do PCC Vinicius
Gritzbach. Ele foi encontrado em um apartamento em Praia Grande, no litoral
paulista.

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Após a prisão, Matheus foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e de
Proteção à Pessoa (DHPP) na capital paulista. Nesta terça, voltou à Baixada
Santista e passará por audiência de custódia em Santos.

Gritzbach foi executado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São
Paulo, em Guarulhos. Segundo a Polícia Civil, Matheus é acusado de emprestar os
dois carros usados na fuga.

As imagens mostram o momento da abordagem a Matheus, que estava em um imóvel no
bairro Canto do Forte. No vídeo, o suspeito apareceu deitado de costas enquanto
respondia aos questionamentos dos policiais.

Ele contou que estava sozinho e, em determinado momento, chegou a pedir calma ao
agente que o algemou. Matheus também afirmou que não havia nada de errado no
apartamento.

Confira o diálogo entre o suspeito e a equipe policial:

– 👮‍♀️ Policial 1: Mão para trás, viu. Mão para trás
– 👨 Matheus: Calma, senhor. Calma, eu não tenho nada não, pelo amor de Deus
– 👮‍♀️ Policial 2:Você está com quem aqui?
– 👨Matheus: Estou sozinho, senhor
– 👮‍♀️Policial 2: O que tem de errado na casa?
– 👨Matheus: Nada – Depois, algemado, diz o nome completo para a câmera que
filmava

Outro vídeo também mostra os objetos que foram apreendidos junto com o suspeito,
como: Telefones, dinheiro, relógios e três notebooks.

Matheus Augusto de Castro Mota foi preso em Praia Grande (SP) — Foto: Reprodução

DEMAIS PRISÕES

Na madrugada de sábado (7), Matheus Soares Brito foi preso. Segundo a polícia,
ele é o principal alvo das investigações, suspeito de ter auxiliado o olheiro
Kauê do Amaral Coelho a fugir de São Paulo, após a execução de Gritzbach e de
ter ficado com o celular dele.

Kauê foi apontado pelas autoridades como o “olheiro” que avisou os atiradores
sobre a chegada do empresário no aeroporto. Ele também foi o primeiro suspeito
identificado pela força-tarefa. Uma recompensa de R$ 50 mil está sendo oferecida
para quem tiver informações sobre o paradeiro de Kauê, que está com a prisão
temporária decretada pela Justiça.

Delator do PCC foi executado no aeroporto de Guarulhos — Foto: Reprodução/TV Globo

Outros dois homens, suspeitos de participarem do crime, foram presos em
flagrante por porte ilegal de munições de uso restrito na sexta-feira (6). Eles
são Marcos Henrique Soares Brito (irmão de Matheus) e o motorista Allan Pereira
Soares (tio de Matheus e Marcos).

Na audiência de custódia neste sábado (7), a Justiça considerou as prisões
ilegais. Allan Soares e Marcos Henrique Soares tiveram prisão em flagrante
relaxada “por ilegalidade, com pedido neste sentido da representante do
Ministério Público”, afirmou o Tribunal de Justiça.

O QUE SE SABE

Veja o que se sabe sobre dinâmica do atentado — Foto: Arte/ DE

VÍDEOS: DE EM 1 MINUTO SANTOS

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