Copa de 26: Cabo Verde de capitão com nome de ídolo do Botafogo e apelido “Vozinha” busca história
Josimar, de 39 anos, foi apelidado dessa forma porque colegas de pelada o acusavam de correr para os avós quando as coisas não davam certo dentro de campo. A Fifa apresenta a “Trionda”, Bola oficial da Copa do Mundo de 2026. Seleções confirmarão vaga na Copa do Mundo de 2026 nos próximos dias, mas nenhuma delas festejará tanto quanto Cabo Verde caso a iminente classificação aconteça. Sem nunca ter participado de um Mundial, o país lusófono (que fala português) carrega consigo várias curiosidades, desde o tamanho da população até o nome e o apelido do goleiro.
Capitão de Cabo Verde, Vozinha ganhou o apelido por ter sido criado pelos avós. Basta uma vitória para se classificar sem depender de qualquer outro resultado nas duas rodadas finais do Grupo D das eliminatórias africanas. Carimbar a vaga na Copa de 2026 significa fazer história também fora de campo. A classificação faria de Cabo Verde o segundo país de menor população (525 mil pessoas) a jogar um Mundial. Apenas a Islândia, que jogou a Copa de 2018, tem número de habitantes inferior (cerca de 300 mil à época).
O capitão da sonhadora seleção de Cabo Verde tem sido imponente debaixo das traves nessas eliminatórias. Com seus 1,90m de altura e grande envergadura, mete medo nos adversários e cresce em grandes jogos. O pai queria homenagear o ex-atacante argentino Jorge Valdano, campeão da Copa do Mundo de 1986. As autoridades cabo-verdianas não autorizaram, então o futuro goleiro acabou batizado em homenagem ao ex-lateral-direito que é ídolo do Botafogo e também participou daquele Mundial do México.
Josimar não morava com os pais e era criado pelos avós. Seus amigos o acusavam de correr para os braços dos parentes quando algo dava errado nas peladas. Se o apelido era comum no futebol de rua em seu país, o grandalhão imaginou que voltaria a ser conhecido como Josimar em Angola. O sonho de Vozinha, avós, pais e filhos pode ser realizado nesta quarta-feira. Às 10h (de Brasília), na Líbia, um novo e lindo capítulo da história da Copa do Mundo pode ser escrito.
