Caça da FAB cai durante voo de treinamento no Rio Grande do Norte; piloto se ejetou com sucesso

Um caça F-5 EM Tiger II da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu nesta terça-feira, 22,  em Natal, no Rio Grande do Norte, durante um voo de treinamento. Segundo a FAB, o piloto conseguiu se ejetar com segurança e direcionou a aeronave para uma área desabitada antes do impacto, evitando danos em áreas povoadas. Ele foi resgatado por uma equipe de salvamento da própria FAB.

A queda ocorreu após um problema nos motores do caça, e o Corpo de Bombeiros foi acionado para conter o fogo na vegetação da área onde a aeronave caiu. O acidente será investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) para identificar as causas e prevenir novos incidentes.

A aeronave fazia parte de uma série de deslocamentos para a Base Aérea de Natal (BANT), onde ocorrerá a CRUZEX 2024, o maior exercício aéreo multinacional organizado pela FAB. A CRUZEX, que acontecerá entre 3 e 15 de novembro, reunirá caças e aeronaves de transporte de países como Estados Unidos, Argentina, Chile, Paraguai e Portugal. Nações como Alemanha, Suécia e África do Sul participarão como observadoras.

Além do F-5 EM, outras aeronaves da FAB, como os caças F-39 Gripen e AMX A-1, e aviões de transporte KC-390 e C-105 Amazonas, já estão na base em preparação para o exercício, que simulará cenários de guerra complexos e promoverá treinamento conjunto entre forças aéreas de diferentes países.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp