Caçador de relíquias encontra espada viking de mil anos durante pesca

O inglês Trevor Penny encontrou uma espada viking enferrujada de mais de mil anos, durante uma pesca magnética no rio Cherwell, na Inglaterra em novembro do ano. A peça foi identificada por um grupo arqueológico que rastreia descobertas públicas, que provavelmente data de um período entre 850 d.C. e 975 d.C. Penny disse que entregou a espada ao Serviço de Museus de Oxfordshire, onde se espera que seja colocada em exposição depois de ser restaurada.

A espada remete a uma era medieval em que vikings desembarcaram nas Ilhas Britânicas, atacando, saqueando e pilhando em seu caminho pela Inglaterra e Escócia. Suas incursões tiveram fim, porém seus descendentes ainda fazem parte da população britânica. Nos últimos anos, os detectores de metais ajudaram a desenterrar artefatos e tesouros que estavam enterrados no subsolo há séculos.

 Em 2007 pesquisadores encontraram um tesouro viking perto de North Yorkshire que os especialistas consideraram uma das descobertas mais significativas do Reino Unido. Outro tesouro enterrado naquela época foi descoberto em 2014 em Galloway, na Escócia. Mas nem todos os que se deparam com tais descobertas foram imediatamente transparentes: dois homens em 2019 foram condenados por roubo e condenados a pagar US$1,5 milhão depois de ocultarem a descoberta de um tesouro anglo-saxão e venderem alguns dos itens.

‘‘A espada encontrada por Penny pode ter sido perdida acidentalmente. Sabe-se, entretanto, que essas armas também eram jogadas com frequência e intencionalmente em cursos d’água como parte de um ritual,’’ afirmou Jane Kershaw, professora associada de arqueologia na Universidade de Oxford.

De acordo com a  professora, pessoas como Penny estão fazendo descobertas cada vez mais importantes e é crucial que as relatem. ‘‘É uma informação de enorme valor. Desde que estejam registrando isso, estão fazendo arqueologia que de outra forma seria perdida’’.

A posse desses artefatos, porém, pode ser uma questão delicada e está condicionada ao fato de serem classificados ou não como tesouro. Quando encontrados, objetos de metal com mais de 300 anos devem ser relatados às autoridades dentro de duas semanas, segundo uma lei na Grã-Bretanha. Os Museus podem reivindicar a posse desses itens, e os descobridores e proprietários de terras, receber uma recompensa se forem considerados tesouros.

A instituição chamou a espada de uma “descoberta emocionante” e concordou com Penny em transferir para um museu local quaisquer direitos potenciais de propriedade sobre a espada.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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