Última atualização 17/06/2021 | 13:34
Um caçador de 34 anos que mora e trabalha em Imperatriz, no Maranhão, diz ser capaz de capturar Lázaro Barbosa de Sousa com vida e entregá-lo à polícia. Em entrevista por telefone ao Diário do Estado, Thiago Silva explicou que quanto mais atrocidades Lázaro cometer, mais “invisível” ele ficará diante das forças policiais. “Sei que a polícia de Goiás é eficiente, mas nada disso vai adiantar porque não conhece com o que está lidando”, disse.
Silva alertou que Lázaro tem uma missão e tenta tornar-se o guardião de um objeto, provavelmente um livro de ocultismo, e que na próxima mudança de lua novos crimes serão cometidos. “Ele terá de fazer novos sacrifícios para se fortalecer e vai se tornar cada vez mais forte e cometer mais crimes, sempre com vítimas inocentes e puras, até ficar forte o suficiente para se sacrificar”, afirmou.
Silva tem acompanhado a cobertura do caso pela imprensa e ao perceber o ritual utilizado por Lázaro, chegou a ligar para um templo ocultista em Goiânia sugerindo que as pessoas da seita fizessem a captura do criminoso, mas que essas pessoas resolveram não se envolver. “Ele carrega com ele um submundo e para capturá-lo é preciso entender o que ele está fazendo, o motivo disso tudo e a forma de agir. Não adianta arma”.
O caçador ressalta que a polícia está tratando Lázaro como um criminoso comum e refuta essa hipótese. Segundo ele, existem muitas coisas significativas em cada ato do fugitivo, que teria metas e prazos a cumprir para alcançar o poder de ser o guardião do livro ou objeto místico que ele carrega.
O caçador alega não ser ocultista nem praticante de bruxaria, mas que é um estudioso do assunto e assim como Lázaro, foi criado no meio do mato. Sem a interferência dele ou de outras pessoas que entendam do assunto, ele garante, Lázaro não será capturado.
“Ele só será encontrado por alguém que o entende e que conhece a mata”. Thiago Silva soube da recompensa de R$ 100 mil que chacareiros da região oferecem por informações que facilitem a captura de Lázaro. “Se tem uma recompensa eu quero recebê-la. Sou capaz de entregá-lo para a polícia”, garante.
Apesar de ser caçador, Thiago Silva defende que Lázaro não pode ser morto e que deve ser entregue vivo para a polícia. “Não estão caçando uma pessoa. Estão caçando uma coisa oculta, do submundo da natureza. É preciso entender como chegar até ele e evitar que novas pessoas inocentes sejam sacrificadas. E é importante entender o motivo pelo qual ele está cometendo estes crimes e por isso é importante pegá-lo e mantê-lo vivo”.
* Rosana Melo, especial para o Diário do Estado