Cachoeira cumpre pena no semi-aberto para trabalhar

O bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi liberado para trabalhar e dormir em casa. As informações preliminares são de que após passar a noite na Colônia Agroindustrial, para onde foi transferido na noite desta quinta-feira (7), ele teria saído hoje pela manhã para trabalhar. Pelas regras do sistema de custódia, ele só poderá ir para casa depois que houver uma fiscalização na empresa.

O contraventor passou 27 dias preso isolado no Núcleo de Custódia, dentro do presídio de Aparecida de Goiânia e conforme previsto na Lei de Execução Penal (LEP), os presos do regime semiaberto de Aparecida que possuem um emprego não precisam voltar para dormir na unidade prisional. Cachoeira atuará como representante comercial em uma empresa farmacêutica em que deve ganhar um salário de R$6.500 e deve dormir em sua casa, no Condomínio Alphaville.

A mudança no regime é uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após uma rebelião na Colônia Agroindustrial no início deste ano, que deixou nove mortos. A alteração libera os detentos para dormirem em casa, com tornozeleira eletrônica.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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