Cachorro que mordeu e arrancou pedaço do rosto de dona é submetido a eutanásia

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A Secretaria Municipal de Proteção e Bem-Estar de Ji-Paraná, na Roraima, anunciou que a eutanásia do cachorro da raça chow-chow, que mordeu o rosto da tutora. Segundo o tutor, o animal foi levado até o centro de bem-estar do município devido ao medo de que atacasse o filho do casal e, ao entrega-lo, assinou uma autorização para a eutanásia caso fosse necessário.

“Eu levei ao centro de bem estar animal, me pediram 10 dias pra investigar se se tratava de raiva ou algum outro problema. Quando voltei lá pra saber do animal, me foi informado que ele não estava comendo havia três dias, se recusava a levantar e tentou atacar algumas pessoas”, relatou ao g1.

A Secretaria Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal informou que, durante os cinco dias internado, o cão apresentou “agressividade extrema, dificuldade de manejo, havendo risco iminente à equipe e a terceiros”. Além disso, o órgão descartou a presença de raiva ou outras doenças.

Em nota, a secretaria informou que a decisão de aplicar a eutanásia “foi pautada na necessidade de preservar a integridade física dos servidores, da população e de outros animais, em respeito à proteção da saúde pública e às normas éticas vigentes”.

Entenda o caso

O ataque ocorreu no último dia 5 de abril, na casa da família. Natani Santos, tutora do animal, contou que havia adotado o cachorro há cinco anos e que, momentos antes da mordida, ele rosnou e a atacou.

“Ele rosnou, eu me afastei e ele mordeu e se encolheu na mesma hora. Era como se tivesse entendido que fez algo errado”, relembra.Natani teve parte do lábio superior arrancado e precisou passar por atendimento médico no mesmo dia. Ela passará por um procedimento de reconstrução em Santa Catarina, em um projeto idealizado pelo cirurgião bucomaxilofacial Raulino Brasil.

A enfermeira chegou a ser alvo de críticas nas redes sociais e relatou que o episódio não foi um caso isolado. Segundo a mulher, o cachorro já teria tentado morder um dos filhos e mordiscado a testa do filho mais novo.

“Muita gente se afastou da minha casa. Não tenho raiva dele, não tenho ódio, não tenho rancor. A raiva (doença) foi descartada e, uma vez que o entregamos ao Centro de Zoonoses, cabe ao centro decidir o que fazer com ele. Prefiro viver com esta incerteza, mas acredito que ele esteja com um novo tutor”, conta Natani.

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