Cachorro resgatado em operação policial no Rio de Janeiro, husky siberiano ‘Charlie’ buscando por tutor legítimo

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Polícia resgata husky siberiano com sinais de maus-tratos em casa de bandido em favela de Santa Teresa, e apura se ele foi roubado

À DE, delegada falou que há a suspeita de que o cão, agora chamado de ‘Charlie’ pelos policiais, estivesse em um carro roubado. Mulher de Sandrinho, que está foragido, foi até a delegacia tentar resgatar o cão, que afirmou ter sido um presente de uma ‘família rica’.

Husky siberiano é resgatado em operação policial no Rio

DE resgatou um cachorro da raça husky siberiano, na última semana, durante operação para prender o Sandro da Silva Vicente, o Sandrinho, apontado como assassino do argentino Gaston Fernando Burlon, de 51 anos.

O turista foi baleado em janeiro ao entrar por engano no Morro do Escondidinho, em Santa Teresa, no Centro do Rio. Gaston e a família iam para o Cristo Redentor e seguiu o GPS.

Após identificar Sandrinho como autor dos disparos, a polícia fez uma operação na comunidade e, durante buscas em um imóvel ligado ao criminoso, que está foragido, os agentes encontraram o cachorro em condições de maus-tratos. Sandrinho não foi encontrado e segue procurado.

Os policiais apuram a suspeita de que o cão estivesse dentro de um carro roubado por criminosos.

A Polícia Civil verifica registros de animais desaparecidos para ver se algum tutor registrou o sumiço, mas não encontrou. O husky não tem chip de identificação nem foi encontrado boletim de ocorrência com as características dele.

Segundo a delegada Patrícia Alemany, o husky estava “muito magro, com pulgas, carrapatos, verme e sinais de desidratação”. Ele foi levado para a clínica Apaixonados Copa, em Copacabana, onde recebeu atendimento veterinário.

Na casa onde o cachorro estava também foram apreendidos uma granada e diversas munições de fuzil. No momento do flagrante, uma mulher — atual namorada de Sandrinho — estava no imóvel e foi presa. A Polícia Civil avalia se ela também responderá pelo crime de maus-tratos, além de porte ilegal de arma e associação ao tráfico.

MULHER TENTOU RESGATAR CACHORRO

Dias depois, uma ex-namorada do traficante procurou a Deat e tentou resgatar o cão, alegando que ele havia sido um presente de uma “família rica”.

Como não apresentou nenhum documento que comprovasse a posse do animal, a delegada decidiu não entregá-lo.

‘CHARLIE’ É DÓCIL E OBEDIENTE

Enquanto o tutor não é identificado, o cachorro, que ganhou o apelido de “Charlie” na delegacia, está sob os cuidados da Polícia Civil. Na gíria do mundo do crime, devido às iniciais, os policiais civis são conhecidos como “papa charlie”.

Mesmo após a situação de abandono, o cachorro surpreendeu os policiais e a equipe veterinária com o temperamento dócil e comportamento colaborativo.

> “Ele é muito carinhoso, sociável e não apresentou qualquer sinal de agressividade, mesmo durante os atendimentos e procedimentos na clínica. É um cachorro claramente acostumado com humanos e responde bem a comandos como ‘senta’ e ‘dá a patinha’, o que indica que foi minimamente adestrado”, contou a delegada.

POSSÍVEIS FUTUROS DO CÃO

A equipe da Deat avalia a possibilidade de encaminhá-lo para um lar temporário ou, dependendo de sua adaptação, integrá-lo a programas de terapia com cães da Polícia Militar, voltados a crianças com transtorno do espectro autista (TEA).

> “O Charlie tem um perfil muito tranquilo, que pode ser aproveitado em ações sociais, mas tudo será feito com base no acompanhamento veterinário e comportamental”, disse a delegada Patrícia Alemany.

Quem reconhecer o cachorro e tiver provas de que é o tutor legítimo — como fotos, vídeos ou documentos de adoção — pode entrar em contato com a Deat pelo telefone (21) 98596-7474 ou pelo e-mail [email protected].

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