Caçu: Ana Claudia assume controle do MDB e articula escolha de candidato governista

Eleita em 2020 para seu segundo mandato consecutivo, a prefeita de Caçu, Ana Claudia Lemos, assumiu o controle do MDB no município por determinação do vice-governador Daniel Vilela, que preside o partido em Goiás. Assim, ganhou mais musculatura política para participar das articulações que definirão o candidato a prefeito que representará a base aliada ao Governo do Estado naquela cidade.

Ana, que já foi vereadora e presidente da Associação dos Municípios do Extremo Sudoeste Goiano (Amesgo), emplacou na presidência do MDB local seu secretário de Finanças, Fernando Gonçalves da Silva – ela teria ficado como tesoureira.

A mudança a favorece: antes, quem dirigia o partido era o vereador Walter Júnior. Por diversas questões, ele e a prefeita acabaram se distanciando politicamente. Há quem diga que apesar dos pesares, ele nunca agiu como oposicionista contumaz à administração de Ana. Mas em todo caso, considera sair do MDB e migrar para outra legenda – a depender de futuras conversas com o deputado estadual Paulo Cezar Martins, de quem ele é muito próximo.

Mas voltando ao pleito de 2024, Ana Claudia deve ter relativa facilidade para fazer seu sucessor. Sua gestão tem significativos índices de aprovação, sobretudo pelos investimentos em educação e em obras estruturantes, como as de pavimentação asfáltica e a restauração de estradas vicinais. Fora as parcerias com deputados estaduais e federais que destinam recursos de emendas parlamentares para Caçu.

Nos bastidores, consta que ela pode apoiar o vice-prefeito Ivair Guimarães, que é filiado ao PP. O MDB de Ana então indicaria o candidato a vice-prefeito em um processo muito semelhante ao que deve ocorrer em Buriti Alegre, onde o prefeito André Chaves também monta chapa PP + MDB. Pessoas próximas à gestora relatam que ela já tem aval da cúpula do partido.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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