Tutor tira pata de cadela com tesoura e faca para “tratar” bicho-de-pé
Protetores de animais resgataram cadela Maria de Fátima no DE e, agora, pedem
ajuda para pagar pelo tratamento de reabilitação da cachorra
Protetores de animais iniciaram uma campanha para pedir ajuda com os cuidados da
cadela Maria de Fátima, 2 anos. A cachorra sem raça definida (SRD) foi resgatada
no Morro da Cruz, em São Sebastião, nesse
sábado (29/3).
A cadela foi achada com a pata cortada pelo antigo tutor, que usou uma tesoura e
faca para “tratar” um suposto bicho-de-pé do animal.
Defensora de animais, a advogada Ana Paula Vasconcelos detalhou que testemunhas
entraram em contato com ela, pediram socorro e disseram que a cachorra estava
com a pata machucada.
“O que ouvi foi aterrorizante. Ele disse que a cadela estava com bicho-de-pé,
que a pata começou a ficar machucada e a, consequentemente, necrosar. Aí, teve a
ideia de arrancá-la por conta própria; e fez isso com uma tesoura e uma faca. Eu
não consigo nem imaginar a dor que essa cachorra sentiu. Só por um milagre ela
sobreviveu”, comentou Ana Paula.
O antigo tutor responderá pelo crime de maus-tratos contra animais. “A
normalidade dele ao tratar de um ato tão cruel me chocou muito. A cadela, além
de ter sido mutilada, está extremamente magra, desnutrida, desidratada e com
parasitas. Ela vivia amarrada. Agora, terá de se recuperar das infecções para,
depois, passar por uma cirurgia apropriada de amputação do que sobrou da pata”,
completou a advogada.
O procedimento cirúrgico deve ocorrer em 30 dias. Para Ana Paula, Maria de
Fátima é “uma sobrevivente que merece a chance de ter uma vida digna e longe do
sofrimento”.
Quem tiver condições de ajudar a cadela ou de adotá-la pode entrar em contato
com Ana Paula, pelo telefone: 55 61 982-154-751. Doações são aceitas por meio do
Pix: 296.973.918-66 (CPF), em nome de Antoniana Otonni.