Cães farejadores rastreiam adolescente desaparecido às margens do rio Pardo em Pontal, SP

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Cães farejadores rastrearam adolescente desaparecido em Pontal, SP, às margens do rio Pardo

Identificação do cheiro de jovem foi feita a partir de duas peças de roupa entregues pela família à GCM de Sertãozinho. Alex Gabriel Santos sumiu na madrugada de domingo (1) e ainda não foi encontrado.

Alex Gabriel dos Santos, de 16 anos, está desaparecido em Pontal, SP — Foto: Arquivo pessoal

Dois cães farejadores da Guarda Civil Municipal de Sertãozinho (SP) identificaram, na tarde de quarta-feira (4), que o adolescente Alex Gabriel Santos, de 16 anos, esteve às margens do rio Pardo, em Pontal (SP). O jovem está desaparecido desde a madrugada de domingo (1), quando foi visto pela última vez.

Segundo a GCM, os K9 Seta e Ozzy foram até o local após seguirem o cheiro de Alex a partir de duas peças de roupa entregues pela família aos agentes.

À CBN Ribeirão, o guarda civil Ronaldo Silva disse que as buscas começaram, inicialmente, com o K9 Seta.

“Ele nos levou até a margem do rio Pardo, onde antigamente passava o trem, a ferrovia do município. Ali, o cão nos indicou que havia o cheiro do rapaz no local, porém, terminava ali. Não satisfeitos, utilizamos o K9 Ozzy, para ver se ele confirmava ou se ele dava uma opinião baseada em seu faro diferente dos fatos. E o K9 Ozzy trilhou o mesmo caminho do K9 Seta, nos indicando que o odor do rapaz terminava às margens do rio Pardo”.

Segundo Silva, as peças de roupa ajudaram os cães a identificarem o cheiro do adolescente e procurarem um cheiro semelhante no ambiente a partir de partículas de decomposição celular humana, que são expelidas do corpo de toda pessoa a todo momento.

Ainda segundo Silva, a partir de agora, o trabalho dos cães pode auxiliar o Corpo de Bombeiros com um ponto de partida nas buscas por Alex.

O DE entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública para saber como estão as investigações, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Alex desapareceu na madrugada do dia 1 de junho, após ter sido agredido e levado de casa por dois homens e uma mulher em uma caminhonete. De acordo com a família, as agressões teriam acontecido depois que o jovem achou um celular em um depósito de bebidas horas antes.

Irmã de Alex, Kemily Pereira Rocha, revelou que o adolescente saiu de casa na madrugada de domingo para ir ao depósito de bebidas ao lado da casa da família e, algum tempo depois, voltou entusiasmado dizendo que tinha encontrado um celular.

Ele não tinha telefone e, a princípio, a Polícia Civil descarta a hipótese de que Alex tenha furtado ou roubado o celular.

Pela manhã, Kemilly não encontrou Alex em casa, mas pensou que o irmão tinha ido à feira como era de costume. Naquele dia, os pais retornaram de uma viagem e, com o passar do tempo sem notícias do filho, começaram a ficar preocupados.

A jovem chegou a fazer contato com amigos do irmão, mas ninguém tinha estado com Alex.

Mãe do jovem desaparecido, a trabalhadora rural Evilene Pereira dos Santos revelou que um vizinho contou à polícia que viu quando uma caminhonete parou na porta da casa da família e Alex foi agredido logo ao sair da residência e colocado à força no veículo.

A família registrou um boletim de ocorrência e as buscas pelo desaparecido continuam.

Durante a investigação, a Polícia Civil identificou o veículo envolvido no sumiço do jovem. Quatro pessoas foram levadas à delegacia para prestar depoimento e uma delas confessou que o adolescente foi levado a um galpão e agredido, mas foi deixado em uma estrada de terra próximo a uma mata, perto do distrito de Cândia, em Pontal.

A caminhonete do suspeito foi apreendida. O veículo aparece nas imagens de uma câmera de segurança passando pela rua da casa de Alex antes do desaparecimento dele. Na carroceria, a polícia encontrou marcas que podem ser de sangue.

O galpão onde Alex foi agredido, de acordo com os suspeitos, passou por perícia.

Em Pontal, moradores se mobilizaram nos últimos dias em manifestações pedindo justiça e respostas sobre o desaparecimento de Alex.

As ações têm reunido familiares, amigos e pessoas da comunidade com cartazes, caminhadas e orações em diferentes pontos da cidade.

Emocionada, Evilene falou ao DE sobre o apoio que tem recebido da população.

“A gente fica feliz de uma certa forma, por ver que tem tantas pessoas comovidas com essa situação, porque em um momento tão triste, tão difícil, tem pessoas que se põem no lugar da gente, e sentem a dor da gente, né. E sou muito grata por tudo que estão fazendo por mim”.

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