‘Café Metropolitano’ debate revitalização do Centro

Durante a manhã e a tarde desta quarta-feira, o evento ‘Café Metropolitano’ discute alternativas para revitalização do Centro de Goiânia. O encontro promovido pelo Sesc tem a presença de representantes da Prefeitura de Goiânia, do Governo do Estado e da Federação do Comércio (Fecomércio).

A programação prevê a apresentação de projetos no período matutino e debates sobre temas como legislação, desenvolvimento econômico, patrimônio e paisagem e intervenções urbanas. O evento prossegue até as 16h.

Entre os presentes, está o presidente da Fecomércio, José Evaristo, que afirmou ter muita expectativa sobre os projetos de requalificação do setor central. Representante dos comerciantes, Evaristo lista as principais necessidades percebidas pela classe na região.

“Nós não temos muitas ofertas de estacionamento, não temos segurança ou uma adequada iluminação noturna”, relatou. “O Centro da cidade tem lotes muito pequenos em relações às outras regiões. Não dá para construir muita coisa, mas temos que buscar alternativas”, completou o presidente da Fecomércio.

Para o superintendente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), Marcelo Safadi, a iniciativa do Café Metropolitano dará visibilidade às ações que estão sendo realizadas para revitalizar a região.

De acordo com Safadi, o adesão da população e dos comerciantes ao projeto é fundamental para o sucesso do planejamento e tem se refletido em obras.

“A OAB já está fazendo um projeto de revitalização de sua sede, assim como o Iphan. O governo do estado também está com um projeto de revitalização da Praça Cívica. O BRT já tem obra iniciada e prevê a melhoria das calçadas da avenida Goiás”, salienta.

O papel da Prefeitura, segundo o superintendente de planejamento urbano da Secretaria de Planejamento (Seplan), Henrique Alves, é incentivar a requalificação do Centro. Alguns projetos de isenções fiscais estão em andamento e pretendem estimular a revitalização

“Posso citar o Goiânia Digital, que visa a implantação de empresas do ramo de informática na região. Temos também o Cidade Limpa, que visa requalificar as fachadas comerciais do Centro”, enumera.

Atualmente, a segurança é uma das principais preocupações da população e de lojistas no Centro. Henrique Alves ressalta que a competência para tratar de segurança é do governo estadual, mas o município também está planejando ações.

“Estamos tentando verificar um posto fixo da Guarda no Centro e tentar tê-la constantemente nas portas do comércio e também nos pontos de ônibus. Queremos também instalar câmeras de vigilância”, complementa.

Promessa

A revitalização do Centro da Capital foi tema tratado por todos os candidatos à prefeitura de Goiânia no pleito do ano passado. A história da região também serviu de argumento para o prefeito Iris Rezende (PMDB) tentar desviar o trajeto do BRT. O plano é que o transporte não passasse pela avenida Goiás. A Câmara, contudo, não autorizou a alteração.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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