Caged: Goiás cria mais de 4,4 mil empregos em setembro

Goiás criou 4.489 novos postos de trabalho no mês de setembro deste ano, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (30/10) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo é reflexo de 74.409 admissões e 69.920 desligamentos.

O setor de comércio foi destaque na geração de empregos, tendo criado 1.906 vagas ao englobar todas as atividades do comércio, além de reparação de veículos automotores e motocicletas. Em segundo lugar, veio a área de serviços, com 1.643 novos postos de trabalho, seguido pela indústria, com um saldo positivo de 1.162 empregos.

Dentro da área de serviços, as atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foram as detentoras dos números mais expressivos, ao registrar 972 empregos formais; acompanhado pela ala de alojamento e informação (566); transporte, armazenagem e correio (482); seguido pelas atividades de administração pública, defesa, seguridade social, saúde humana e serviços sociais (317).Assim, no acumulado dos nove primeiros meses do ano, o saldo da geração de empregos em Goiás segue positivo, com 74.301 vagas abertas ao longo de 2023.

“Os novos dados refletem a importância do setor de comércio, um dos pilares da economia goiana em que continuamos a investir, incentivando e capacitando empreendedores em todo o estado, à exemplo da 2ª edição Expo Anápolis que ocorreu recentemente”, pontua o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Cenário nacional

No Brasil, foram abertas 211.764 vagas formais de trabalho em agosto, resultado de 1.917.057 admissões e 1.705.293 desligamentos. Comparativamente, representa uma leve baixa em relação ao mês de agosto, quando foram contabilizados 220.844 novos postos de trabalho no país.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp