Caiadistas e marconistas dividem camarote durante Cavalhadas de Pirenópolis

Prefeito de Pirenópolis, Nivaldo Melo (à esquerda), e deputado estadual Dr. José Machado (à direita)

Encontro inusitado foi registrado neste domingo, 20, em Pirenópolis, cidade a 120 quilômetros de Goiânia e palco das tradicionais cavalhadas – evento inspirado em tradições europeias em que são encenadas batalhas entre mouros e cristãos. Marconistas e caiadistas dividiram o mesmo camarote, mas sem registros de diálogos entre eles.

O governador Ronaldo Caiado (UB) chegou ao espaço por volta das 14h20. Estava acompanhado pela primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado, e pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB), além dos secretários Yara Nunes (Cultura), César Moura (Retomada) e Pedro Sales (Infraestrutura).

Por lá já estava o prefeito Nivaldo Melo, filiado ao PSDB e aliado do ex-governador e presidente nacional do partido, Marconi Perillo. Todos se cumprimentaram de forma protocolar. Nivaldo não recebeu o governador e sua comitiva no aeroporto, algo corriqueiro durante as viagens do chefe do Executivo goiano. Este gesto sinaliza, por parte do prefeito, deferência e boas-vindas.

Caiado, Gracinha e Daniel desdobraram-se entre a apresentação das Cavalhadas e inúmeros pedidos de fotos. Nivaldo, por sua vez, posicionou-se no canto esquerdo do camarote, onde pouco tempo depois se juntou o deputado estadual Dr. José Machado, também do PSDB e com base eleitoral em Goianésia.

Haviam algumas faixas espalhadas no Módulo Esportivo de Pirenópolis com agradecimentos ao apoio dado pelo governo do estado. Caiado determinou a liberação de R$ 4,4 milhões para a realização do Circuito das Cavalhadas 2024 em 15 municípios goianos. O locutor do evento também fez referência ao fato em diversos momentos.

Durante a tarde, houve um burburinho de que Marconi comparecia ao local. O tucano tem vínculos com Pirenópolis, cidade em que está localizada sua chácara, onde sua filha mais velha, Isabella Jaime Perillo se casou, e terra natal de sua mulher, a ex-primeira-dama Valéria Perillo. Mas ele não apareceu. As cavalhadas de Pirenópolis seguem até esta terça-feira, 21 de maio.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Sandro Mabel (UB) parece ter entendido o “recado” passado, neste final de semana, pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e compareceu à sede do Legislativo nesta terça-feira, 9. Romário “cogitou” levar seu PRD para a pré-campanha à reeleição do prefeito Rogério Cruz (SD); e entre os argumentos, o de que tem indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.

O PRD, assim como PSB, Agir, PMB e Avante, integra (ou integrava) um bloco articulado pelo presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), para fortalecer sua pré-candidatura a prefeito. Na sequência, o mesmo bloco acertou com Sandro Mabel que indicaria o pré-candidato a vice-prefeito dele.

Mas fato é que Avante e Agir já protagonizaram eventos recentes em que declararam apoio a Sandro, ao passo que o PSB é dado como certo na chapa da pré-candidata Adriana Accorsi (PT) via costuras feitas em âmbito nacional.

Vendo então que seu PRD correria o risco de ter seu passe desvalorizado, já que as demais legendas daquele bloco já seguiram seu rumo, houve então esta “ameaça” pública de compor com Rogério – segundo avaliações do QG de campanha de Mabel – que, diga-se de passagem, não exonerará, pelo menos não por agora, indicados de Romário Policarpo sob pena de ter mais problemas do que os que já tem.

Para demonstrar que está disposto a trabalhar pelo maior número de aliados possíveis em torno do seu projeto, Sandro foi hoje à Câmara, onde conversou com o presidente da Casa. Aliás, sua ida foi no mesmo dia em que CCJ deu sinal verde para votação do projeto de autoria do Executivo que permite a prefeitura vender 76 áreas públicas. Ele diz ser contra a matéria e afirma que os espaços podem ser usados para construção de CMEIs e unidades de saúde. A tramitação do projeto em plenário – incluindo aí se entrará em pauta antes ou somente depois do recesso dos vereadores – será um bom indicativo de quão produtiva foi a conversa entre Romário e Mabel.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp