Caiado acelera Sistema Ferroviário Estadual e trilhos da Fico chegam a Goiás

Na mesma semana que o governador Ronaldo Caiado apresentou o projeto de lei que disciplina a implantação do Sistema Ferroviário Estadual (SFE), medida do Governo de Goiás que irá facilitar a exploração do modal pela iniciativa privada, o estado experimenta mais um avanço na ampliação da malha ferroviária em território goiano. Chegou, na última quinta-feira,08, a primeira remessa de trilhos que vão ser instalados na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), no trecho entre os municípios de Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT).

“Vamos motivar parcerias para fazermos esses braços de áreas produtivas que precisam de um transporte modal muito mais compatível com a competitividade internacional, e mesmo no Brasil”, afirmou o governador Ronaldo Caiado.

A obra da Fico está sendo executada pela Vale S.A., por meio do investimento cruzado derivado da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Na remessa que chegou a Goiás estão 1.800 toneladas de trilhos para dar o arranque na superestrutura nas alças norte e sul de interligação da Fico com a Ferrovia Norte-Sul (FNS).

Com a Fico, Goiás terá alternativas mais econômicas para o transporte de cargas e para o escoamento da produção agrícola e de mineração até os sistemas portuários. Além disso, será uma forma de incentivar investimentos no Estado, a multimodalidade e de interligar as ferrovias brasileiros.

O trecho de Mara Rosa a Água Boa terá 383 quilômetros de extensão e será construído a partir de contrapartida pela prorrogação antecipada do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas, que teve o termo aditivo assinado em 18 de dezembro de 2020. A previsão é de que sejam investidos R$ 2,73 bilhões e criados 46.112 mil empregos, entre diretos, indiretos e com efeito-renda.

Ferrovias estaduais

Para impulsionar ainda mais o modal no Estado, o Governo de Goiás anunciou que irá criar o SFE. A minuta do projeto de lei foi apresentada pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) durante workshop.

A intenção é desburocratizar a participação da iniciativa privada na criação de linhas férreas estaduais e atrair investimentos para Goiás, que já é a unidade da Federação com maior número de obras ferroviárias em andamento. Segundo a proposta, o governo poderá autorizar a construção dos ramais por empresas interessadas em parceria com o Estado, que atuará como facilitador, organizando e dando rigor técnico às obras.

Agora, o projeto passará por período de discussão e coleta de sugestões. A versão final deve ser encaminhada à Assembleia Legislativa de Goiás e precisa passar por duas votações.

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Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

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