Caiado anuncia ampliação do Daia, em Anápolis

Governador Ronaldo Caiado lança Daia 5.0, em Anápolis: mais empresas, emprego e geração de renda (Fotos: Hegon Correa)

Prestes a completar 50 anos, a história do Distrito AgroIndustrial de Anápolis (Daia) deu um novo passo, nesta sexta-feira, 12,  rumo à sua ampliação e modernização, com o lançamento do Programa Daia 5.0. Entre outras ações, a iniciativa inclui a publicação de edital para selecionar 100 novas empresas e gerar 20 mil novos empregos diretos e indiretos. Os novos lotes estão localizados em um terreno de 1,7 milhão de metros quadrados, na área da plataforma logística multimodal, o Daiaplam.

Em visita ao distrito, o governador Ronaldo Caiado destacou que a infraestrutura está pronta para receber os empreendimentos, mas será feita uma “avaliação rigorosa” de cada interessado para garantir que as áreas não sejam utilizadas para fins de especulação imobiliária e, de fato, gerem novos negócios e empresas em Goiás. “Fizemos investimentos pesados aqui. Por isso essas empresas serão muito bem avaliadas, para que a instalação realmente funcione dentro daquele prazo e com o objetivo determinado”, explicou, ao lado da primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado.

Também nesta manhã foi assinada uma ordem de serviço para obras de melhorias de iluminação ao longo dos seis quilômetros da GO-330, eixo principal que corta o Daia. Caiado confirmou ainda o investimento de R$ 40 milhões no distrito neste ano para melhorias nos sistemas de abastecimento de água e esgoto; drenagem; iluminação interna e pavimentação. Outras intervenções previstas são a criação de estacionamento para caminhões e instalação de câmeras de videomonitoramento.

O anúncio foi comemorado por empresários e pelo prefeito de Anápolis, Roberto Naves, que lembrou o apadrinhamento na distribuição de lotes no passado. “O governador está aqui com transparência, com legalidade, dando a oportunidade para que nossos empresários possam participar de um processo lícito, sem precisar dar dinheiro para funcionário público, sem precisar dar propina para conseguir área no Daia, sem ter direito de especular”, destacou.

Elaborado em parceria entre a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) e a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), o edital de ampliação contou com a participação da sociedade, por meio de consulta pública. “É importante deixar muito claro que hoje não está sendo feita nenhuma promessa. Aquilo que depende de licitação já está licitado ou em processo de licitação. O recurso já está na conta”, garantiu o presidente da Codego, Francisco Júnior.

Em todo o seu complexo, o Daia possui cerca de 10 milhões de metros quadrados de extensão, abrigando cerca de 200 indústrias, que geram em torno de 30 mil empregos. Agora, esse número pode chegar a 50 mil postos de trabalho. “Vamos encurtar o máximo possível esse processo, para antecipar as ordens de instalação e transformar esse distrito em realidade o quanto antes”, afirmou o secretário de Estado de Infraestrutura, Pedro Sales.

Regularização

Outra ação do Daia 5.0 será a regularização dos terrenos já utilizados por empresas. O perímetro do distrito foi regularizado neste ano, pela atual gestão da Codego, na Prefeitura de Anápolis e no cartório da cidade. Agora, a companhia trabalha para garantir que cada indústria tenha sua escritura registrada em mãos. O começo se dará pelo marco 1, que será a sede da Codego no Daia. Na sequência, a estatal pretende entregar as escrituras de todas as empresas instaladas no polo industrial.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp