Caiado anuncia novo Hugo, com gestão do Albert Einstein e investimento de R$ 100 milhões

O governador Ronaldo Caiado anunciou, na tarde de quarta-feira, 28, o investimento de R$ 100 milhões em recursos do Tesouro Estadual para a reestruturação completa do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Os trabalhos de reforma, adequação e melhoria do hospital serão realizados em etapas e devem ser concluídos em 12 meses, com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira – Hospital Albert Einstein na gestão da unidade de forma definitiva.

“A partir de setembro, construiremos um novo Hugo, um hospital moderno, eficiente, com tecnologia avançada e residência médica multiprofissional para formação qualificada”, comemorou Caiado, ao citar as novidades na estrutura física da unidade e a necessidade de uma equipe capacitada. “Toda estrutura será remodelada, reconstruída para que a gente possa ter um hospital de referência na área de urgência médica com o padrão de excelência do Albert Einstein”, explicou.

O secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Santos, destacou que os investimentos na unidade hospitalar vão promover uma revolução na saúde do estado como um todo. “Esse é um investimento extremamente importante, e com ele vamos realmente devolver ao Hugo esse protagonismo de assistência à saúde no Estado de Goiás”, afirmou.

Inaugurado em 1991, o Hugo é o segundo maior hospital de urgência e emergência de Goiás. Além de assistência gratuita à população, presta serviços como unidade de ensino, pesquisa e extensão universitária. Com a reforma, os centros cirúrgicos serão modernizados e as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) terão monitoramento ampliado, além de uma nova ala, a UTI 5.

Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, relembrou o propósito da instituição em contribuir para ampliar o acesso e promover a equidade na saúde ofertada aos usuários. “Agora, começa uma nova fase desse hospital que é tão importante para a população goiana. Trouxemos nossa bagagem de competências e experiências para o Hugo, combinando o cuidado assistencial com uma abordagem humanizada”, explicou.

O pronto-socorro e o ambulatório também serão expandidos, o laboratório receberá um novo espaço e o setor de hemodinâmica será aberto. Banheiros, central de material esterilizado, cozinha e setores de apoio, como subestação de energia, também serão reconstruídos. Macas, pisos, mobiliário e pintura serão substituídos. O heliponto será readequado e novos equipamentos, como raio-x móvel e fixo, carrinhos, microscópios, arcos e focos cirúrgicos, também serão adquiridos.

Parceria
Durante o anúncio, o governador assinou um termo de colaboração para a gestão do Hugo, em acordo celebrado entre o Governo de Goiás e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. A entidade, que assumiu a gestão do hospital por meio de contrato emergencial em junho deste ano, agora mantém regime regular com o Estado. O valor mensal do custeio será superior a R$ 21,3 milhões e a validade do acordo é de até 12 anos.

“Estamos trazendo uma estrutura, qualidade de humanização, de formação de pessoas e de qualificação no atendimento, além das mais modernas e sofisticadas técnicas médicas”, pontuou o governador. “Temos hoje a oportunidade de ter essa grande referência de medicina no Estado de Goiás e de sermos capazes de responder àquilo que a população de nosso estado espera em relação à saúde”, acrescentou.

O novo contrato prevê o aumento no número de consultas médicas de três para quatro mil por mês, a entrada da colonoscopia e endoscopia no rol de Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT Externo), bem como o incremento de endoscopia digestiva, ultrassonografia com doppler, serviços de otorrinolaringologia para urgência e emergência, e horas contratualizadas para a realização de cirurgias eletivas.

“Essa parceria com a Organização da Sociedade Civil vai nos trazer uma estrutura de qualidade, referência no país e na América. Vamos conseguir fazer uma gestão de forma regular, de forma perene”, comemorou o secretário de saúde. “Esse é um momento extraordinário e vem para reafirmar o compromisso do nosso governo em aprimorar a qualidade do atendimento no Hugo”, reforçou o vice-governador Daniel Vilela.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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