Caiado anuncia três primeiras obras com recursos do Fundeinfra

O Conselho Gestor do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) aprovou, em reunião nesta quarta-feira, 3, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, a lista que contempla as três primeiras obras que serão realizadas com recursos financeiros das contribuições arrecadadas do setor produtivo. São elas: a duplicação da GO-174, entre Rio Verde e Montividiu; a pavimentação da GO-401, na região do Rio Preto; e a pavimentação da GO-309, entre Cristalina e Unaí, na divisa com Minas Gerais.

“Essa reunião foi importante para definirmos as primeiras obras e garantirmos a velocidade do Governo em dar continuidade ao que está sendo feito com a contribuição dos produtores e também das minerações”, disse o governador Ronaldo Caiado durante o encontro. O chefe do Executivo estadual acrescentou que as rodovias estão em áreas produtivas com dificuldade logística para fazer chegar os produtos aos consumidores e também os insumos necessários para o plantio da safra.

“Vamos ter reuniões trimestralmente para aprovar outras obras”, afirmou o titular da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Pedro Sales. Para ele, as três primeiras obras vão atender o Sudoeste goiano, em dois importantes trechos para o setor produtivo de grãos, e a GO-309, em Cristalina, que abrange toda uma região produtora com um dos maiores PIBs agropecuários do Estado.

A reunião acertou ainda que a contratação dos serviços de supervisão para cada obra com recursos do Fundeinfra será necessária, conforme orientação do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). Tanto a gestão técnica da fase executiva do empreendimento, como o controle tecnológico e das interfaces administrativas serão acompanhados. “Com tudo isso, a gente se coloca em segurança para atravessar o desafio com sucesso de deixar o Estado em um novo patamar de infraestrutura”, disse o presidente da Goinfra, Lucas Vissotto.

Obras

A duplicação da GO-174 é uma demanda antiga do Sudoeste goiano, devido ao tráfego intenso de veículos pesados e da quantidade de indústrias localizadas em perímetro urbano. O trecho é considerado fundamental para o escoamento de produtos, além de funcionar como porta de entrada para Rio Verde. A rodovia terá quatro pistas (duas principais e duas marginais) e será construída em pavimento rígido, que garante maior resistência à flexão das placas. A obra terá extensão de 7,4 quilômetros, com valor estimado de R$ 62,4 milhões.

Já a pavimentação da GO-401 também atenderá a liberação expressa de produtos em uma área de mais de 61 mil hectares, dos quais 60% são ocupados por lavouras. Receitas apuradas em 2019 indicavam produção de R$ 460 milhões na região por meio da soja, do milho, da criação de gado e de granjas de aves e suínos. Serão pavimentados 33,52 quilômetros, com investimento de R$ 76.887.802,56.

Por fim, a pavimentação da GO-309 visa fortalecer o Leste do estado, que tem Cristalina como um dos líderes do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do Brasil, destaque na produção de grãos, na geração de empregos e também no turismo. A obra compreende uma extensão de 40 quilômetros e prevê investimentos na ordem de R$ 79.040.000,00.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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