Em busca de novos financiamentos para Goiás, o governador Ronaldo Caiado esteve nesta quinta-feira, 31, nas sedes de duas instituições financeiras em Washington, nos Estados Unidos: no Banco Mundial (Bird) e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“As propostas que estamos apresentando são para ampliar cada vez mais os investimentos do Estado, principalmente na área de infraestrutura – como rodovias – e de tecnologia digital, necessárias para desenvolver Goiás”, destacou Caiado.
O governador estava acompanhado pelo secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima; e o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Lucas Vissotto.
O Banco Mundial é uma instituição financeira que concede empréstimos a países em desenvolvimento, sendo a principal instituição do tipo no mundo, com atuação junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e fóruns internacionais como o G20.
Na mesma linha, o BID atua com o propósito de financiar projetos de desenvolvimento econômico, social e institucional e promover a integração comercial na América Latina e Caribe.
INFRAESTRUTURA
No Banco Mundial, o governador apresentou uma prévia da carta consulta com quatro projetos para a recuperação de mais de 1 mil quilômetros de estradas e rodovias, aquisição de ônibus escolares e reformulação do transporte público de Goiânia – com reforma dos terminais e plataformas do Eixo Anhanguera e aquisição de uma frota de ônibus elétricos.
A proposta contempla os projetos Restauração Sustentável da Malha Rodoviária (Crema), com custo de US$ 282 milhões (com US$ 56,4 milhões de contrapartida do Estado); Rodovias em harmonia com meio ambiente, orçado em US$ 12 milhões (mais US$ 2,4 milhão de contrapartida); Mobilidade na Educação, no valor de US$ 9,6 milhões (US$ 1,9 milhão de contrapartida); e o Corredor Verde Nova Anhanguera, no valor de US$ 118,3 milhões (US$ 23,6 milhões de contrapartida).
No total, os projetos apresentados pelo Governo de Goiás aos representantes do Banco Mundial somam US$ 422 milhões para investimentos, com previsão de US$ 337,6 milhões de empréstimo pela instituição financeira e US$ 84,4 milhões de contrapartida do Tesouro Estadual.
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Já no BID a equipe do Governo de Goiás apresentou dois projetos para a transformação digital. Um deles é o programa G.O.I.Á.S, que tem por finalidade alavancar a competitividade do Estado por meio de Centro de Tecnologia da Informação (CTI) para desenvolvimento sustentável e inclusivo.
A meta é fortalecer o capital humano para o trabalho do futuro com foco em tecnologia e promover a transformação digital e inovação em gestão pública para facilitar o acesso do cidadão e reduzir o custo da prestação de serviço. A previsão de custo do programa é de US$ 150 milhões, com US$ 35 milhões de contrapartida do Tesouro Estadual.
PROFISCO
A segunda proposta é o Programa de Modernização da Gestão Fiscal (ProFisco). Ele está dividido nos eixos Gestão Fazendária e Transparência Fiscal, com custo de US$ 68,6 milhões; Administração Tributária e Contencioso Fiscal, orçado em US$ 25,3 milhões; Administração Financeira e Gasto Público, com custo de US$ 18,3 milhões; Gestão Jurídica dos Assuntos Fiscais, avaliado em US$ 4,6 milhões, e Gestão do Projeto, no valor de US$ 1,5 milhão.
O ProFisco prevê investimento de US$ 118,5 milhões, sendo US$ 11,85 milhões de contrapartida do Estado.
Os dois projetos apresentados ao BID somam investimento de US$ 303,5 milhões. Do total, US$ 256,65 milhões viriam de empréstimo do banco e outros US$ 46,85 milhões em forma de contrapartida do Estado.
Como explica o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, esse investimento em tecnologias vai permitir que Goiás avance ainda mais em todo o atendimento ao cidadão, com processos mais eficientes, redução de custos, parques tecnológicos, associação como inteligência artificial e capacitação de pessoas.
CREDIBILIDADE
O governador Ronaldo Caiado destacou que as instituições financeiras têm acompanhado o desenvolvimento econômico e o equilíbrio fiscal alcançado por Goiás, o que levou à volta da credibilidade do Estado.
Após a apresentação das cartas consultas para os financiamentos, o governo vai aguardar uma avaliação até o próximo dia 20 de setembro. “Aí, sim, aceleramos o passo para podermos ter Goiás novamente em condições de pleitear empréstimos, que até o momento eram totalmente impossíveis”, disse Caiado.