Caiado busca recursos federais para ampliar assistência à saúde em Goiás

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Caiado busca recursos federais para ampliar assistência à saúde em Goiás

O governador Ronaldo Caiado esteve em Brasília nesta quarta-feira, 15, para uma audiência com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em busca de recursos federais para o financiamento do SUS em Goiás. Acompanhado de representantes da bancada goiana na Câmara dos Deputados, Caiado apresentou os avanços do sistema de saúde estadual e solicitou R$ 500 milhões em repasses da União para custear os hospitais.

O montante, de acordo com o governador, seria uma espécie de compensação, devido à diferença entre o valor que é repassado pelo governo federal e o custo real dos serviços oferecidos nas unidades de saúde. “Essa defasagem provocou um acúmulo de ações bancadas pelo Tesouro Estadual e nós viemos aqui buscar uma contrapartida. Do total de R$ 1,3 bilhão que investimos, estamos pedindo a restituição de R$ 500 milhões”, explicou.

Para reforçar o pedido, nove parlamentares goianos também estiveram presentes na audiência. De acordo com a deputada federal Flávia Morais, líder da bancada, a falta de atualização da tabela SUS é prejudicial ao Estado. “O governador está regionalizando a saúde, assumindo vários hospitais e entregando policlínicas, por isso a nossa grande demanda hoje é custeio”, disse.

No caso das UTIs, por exemplo, a União repassa R$ 600,00 por leito, enquanto o custo real é de R$ 2,5 mil. Caiado afirmou que dos R$ 500 milhões, cerca de R$ 300 milhões serão utilizados para a realização de cirurgias eletivas – não consideradas de urgência – e o restante será destinado à compra de medicamentos de alto custo e manutenção de leitos de internação. “Não pedimos nada além daquilo que já existe no orçamento, tanto na parte de investimento quanto na parte de custeio. Esperamos apoio e celeridade na sinalização da ministra”, complementou o governador.

Dos dezessete deputados federais por Goiás, estiveram com o governador e a ministra Professor Alcides, Magda Mofatto, Dr Zacharias Calil, Silvye Alves, Daniel Agrobom, José Nelto, Flávia Morais, Lêda Borges e Marussa Boldrin.

Investimentos

Desde 2019, o Governo de Goiás investiu mais de R$ 14 bilhões para custeio de programas e serviços de saúde em todo o estado. Foram entregues seis policlínicas nos municípios de Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Goiás e Formosa. Em 2018, a saúde pública tinha 1.635 leitos de internação (UTI + enfermaria). Hoje são 3.453 leitos de internação, sendo 855 de UTI e 2.598 de enfermaria.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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