Caiado confirma criação de comitê de enfrentamento à Covid-19 no Ministério da Saúde

Nesta quarta-feira, 24, depois de  reunião com o presidente Jair Bolsonaro e representantes de poderes,  no Palácio da Alvorada, em Brasília, o governador Ronaldo Caiado afirmou que “é ponto da convergência de todos para salvar vidas”. No encontro ficou definido a criação de um comitê de coordenação nacional para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Brasil. Representando os outros governadores do país, Caiado destacou a importância da unidade. “A reunião teve um significado especial. Foi construído um ponto de concórdia”, falou.

Conforme o governador, agora existirá um esforço maior no relacionamento diplomático em busca de parcerias com outros países, especialmente aqueles que têm vacinas acima da necessidade local. A expectativa é de  “sensibilizar os laboratórios que hoje têm a tecnologia para que outros também possam produzir, já que temos uma demanda de 8 bilhões de pessoas no planeta”, declarou.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que a reunião foi “bastante proveitosa” e que permaneceu a “harmonia e solidariedade” visando reduzir os efeitos da pandemia.De acordo com o presidente, o foco é imunizar o maior número de pessoas o mais rapido possivel. “A vida em primeiro lugar. A intenção é, cada vez mais, nos dedicarmos à vacinação em massa no Brasil.”

Na reunião, o presidente da Câmara dos Deputados informou que poderá ser votado ainda nesta quarta-feira, 24, no Congresso Nacional, projeto que prevê a ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermarias em parceria com a iniciativa privada, que, conforme o presidente “não se nega também a participar dessa luta num só caminho, numa só direção.”

Foto: Cristiano Borges

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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