Caiado, Daniel e Zé Eliton avaliam pesquisa Serpes de intenção de votos

Pesquisa ouviu 801 eleitores entre os dias 30 de março e 5 de abril em 30 municípios goianos

A pesquisa Serpes/O Popular publicada ontem traz Ronaldo Caiado (DEM) como líder tanto de intenção de votos e quanto em rejeição. O democrata aparece com 39,7% das intenções de votos e 25,2% de rejeição. Seguido pelo governador José Eliton, com 6,7% das intenções de voto e 24,3% de rejeição. Tecnicamente empatado, aparece o emedebista Daniel Vilela, que tem hoje 6,2% das intenções de voto e 24,3% de rejeição. O cenário é praticamente o mesmo do publicado em dezembro em pesquisa divulgada pela Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg).

Considerando a vantagem expressiva de Caiado sobre os concorrentes, embora tenha registrado queda de 4,3% das intenções de voto a Caiado que caiu de 44% em dezembro, para 39,7% nesta pesquisa. A pesquisa mostra queda considerável de 6,1% das intensões de voto a Daniel Vilela, que aparecia com 12,1% em dezembro e caiu para 6,2%. Apenas José Eliton (PSDB) aumentou em 0,5% as intenções de voto. O governador aparecia com 6,2% dos votos em dezembro, e agora chegou à marca de 6,7%.

Contente, porém comedido, o governador José Eliton disse que a campanha não começou e que os números serão expressados verdadeiramente nas urnas. “Eu tenho dito e reiterado que pesquisas neste momento pouco significam, porque retratam a fotografia do momento. Mas, de qualquer sorte, se compararmos com a Serpes publicada hoje com a Serpes publicada em dezembro último nós vamos observar que os dois candidatos adversários perderam pontos significativos e eu fui o único pré-candidato que cresci. Portanto, a pesquisa que eu quero vencer é a do dia 7 de outubro”, finalizou.

Para Caiado, esse é o momento de entender a ansiedade da população e diz ver com cautela os resultados da pesquisa. “Precisamos buscar o entendimento das oposições em sintonia com a vontade e o anseio da população do Estado de Goiás. É isso que o povo espera de nós e é isso que vamos fazer. Então, este resultado eu vejo com cautela, com responsabilidade, e com muita humildade para não perdermos o foco, já que o nosso foco é achar soluções para os problemas dos goianos”, argumentou.

O deputado federal Daniel Vilela (MDB) usou as redes sociais para comentar a pesquisa e foi enfático ao citar que intensões de voto nesse momento não representa índices reais no final da campanha. “Só tenho a comemorar o fato de estar empatado em segundo lugar com o atual governador do Estado, mesmo sendo o menos conhecido dentre os pré-candidatos, pois sou o único que nunca disputou uma eleição majoritária. Isto comprova nosso potencial de crescimento e nos motiva ainda mais a construir um projeto renovador e vitorioso para nosso Estado, que é o que estamos fazendo com muita garra e humildade”, publicou.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiás, Katia Maria Santos, também nas redes sociais, lembra que o partido “ainda não apresentou nome ao governo, mas trabalha para construir chapa majoritária nas eleições de 2018, garantindo o palanque do Presidente Lula, que aparece em primeiro lugar na Pesquisa Serpes com 29,6% e lidera todas as pesquisas nacionalmente”.

Fabrício Rosa, pré-candidato do Psol, usou as redes sociais para dizer que o “cenário absolutamente aberto na corrida eleitoral em Goiás! Mais de 40% dos eleitores não sabe em quem votar ou anularia o voto. Precisamos nos fazer conhecidos pra esse povo! Por outro lado, com uma pequena estrutura, o PSOL tem 1/3 dos votos do PMDB, partido grande e que detém várias prefeituras importantes, como a da capital e a de Aparecida; e do PSDB, que detém a máquina estatal a seu favor e gasta milhões com propaganda”.

A Pesquisa Serpes/O Popular ouviu 801 eleitores entre os dias 30 de março e 5 de abril em 30 municípios goianos. Ela foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral e no Tribunal Regional Eleitoral. A margem de erro é de 3,5% percentuais para mais ou para menos.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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