Caiado declara que Governo Federal comandará vacinação da Covid-19 no país

Nesta terça-feira, 08, durante reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o o governador Ronaldo Caiado teve a confirmação do órgão de que a vacinação contra a Covid-19 no país vai ser realizada dentro do Plano Nacional de Imunização. “Ficou claro que quem vai comandar será o Ministério da Saúde. Não terá nenhum outro Estado que vai imunizar a sua população sem que seja dentro de uma distribuição igualitária”, declarou.

O governador frisou que cada gestor estadual está preocupado e deseja que a vacina chegue o mais rápido possível para toda população. “Nós receberemos de acordo com as necessidades do grupo de risco, da área da Saúde e Segurança Pública. Esta é a palavra final do governo federal”, afirmou Caiado.

O encontro desta terça-feira aconteceu após o governo de São Paulo divulgar, na segunda-feira, 07, um plano próprio de imunização. “Essa tese de que o governador paulista poderia iniciar um processo de vacinação no dia 25 de janeiro não procede. As doses, sejam elas de que fonte for, serão adquiridas pelo Ministério da Saúde e distribuídas de acordo com os grupos de risco em todas as unidades Federativas. Este é o resultado final”, destacou.

Em entrevista coletiva depois da reunião, Caiado afirmou que Eduardo Pazuello declarou que vai adquirir todas as vacinas que tenham certificação de agências internacionais. “Temos a fala final do ministro de que realmente vai adquirir todo e qualquer imunizante e o controle será pelo órgão federal e não por governador A ou B”, relatou.

O governador acrescentou que o Ministério da Saúde já assumiu compromisso e realizou oferta inicial de compra das doses produzidas pela Pfizer e pela Biontech. “Se amanhã tiver a Sinovac, ela será 100% adquirida. Tem a AstraZeneca, da Fiocruz, que será 100% comprada pelo Ministério da Saúde. Há outras empresas ou laboratórios produzindo? Elas serão também adquiridas pelo governo federal”, citou.

Autorização

Caiado declarou aos jornalistas que o Ministério da Saúde está tomando todas as medidas para autorizar o uso das vacinas. “Todas aquelas que tiverem certificação das agências internacionais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá 72 horas para avaliar, conforme a lei, e ela vai ser aplicada como de uso emergencial. Não é na política extensiva a todos, mas àqueles que estão em uma situação de risco maior. Se não se manifestar, já estará autorizado”, informou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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