Caiado defende ação dos Estados contra incêndios criminosos

Em entrevista à GloboNews, o governador Ronaldo Caiado criticou a postura do governo federal diante da crise dos incêndios florestais no Brasil. Caiado defendeu a autonomia dos estados para agirem de forma independente no combate aos incêndios criminosos e destacou a necessidade de endurecimento da legislação ambiental. O governador também isentou os produtores rurais de responsabilidade pelos incêndios, argumentando que o setor agropecuário é o maior prejudicado pelos crimes ambientais.
 
Caiado reiterou a importância da ação conjunta entre os entes federativos para combater os incêndios florestais, mas ressaltou a necessidade de os estados terem autonomia para agir em situações de emergência. O governador goiano criticou a demora do governo federal em liberar recursos para o combate aos incêndios e afirmou que a medida, embora tardia, não será suficiente para reverter os prejuízos causados pelo fogo.
 
O governador também defendeu a classe produtora rural de acusações de envolvimento com os incêndios criminosos. Para Caiado, é irracional que produtores rurais prejudiquem o próprio negócio. Ele lembrou que o fogo causa danos irreparáveis ao solo, destruindo anos de trabalho e investimento. Caiado ainda destacou o pioneirismo de Goiás na implementação de políticas de pagamento por serviços ambientais, como o programa Cerrado em Pé, que incentiva a preservação ambiental.
Em tom crítico, Caiado afirmou que levará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a questão da autonomia dos estados para combater os incêndios florestais. O governador argumenta que a omissão do governo federal em coibir os crimes ambientais coloca em risco o meio ambiente e a vida da população. Caiado enfatizou que não medirá esforços para garantir a segurança da população e a preservação do meio ambiente em Goiás.
Caiado finalizou a entrevista reiterando o compromisso do governo de Goiás com a preservação ambiental e o combate aos crimes ambientais. O governador destacou os investimentos em tecnologia e pessoal para o monitoramento e combate aos incêndios florestais no estado.

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Datafolha: 62% dos brasileiros se opõem à anistia para golpistas do 8/1

STF condena mais 29 réus pelos atos golpistas de 8/1

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada na quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, revelou que 62% dos brasileiros são contrários à concessão de anistia aos participantes dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Esses atos envolveram a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A pesquisa foi conduzida após a Polícia Federal (PF) indiciar Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e atualmente filiado ao Partido Liberal (PL), por envolvimento na conspiração que levou aos eventos de 2022. A rejeição à anistia é clara, refletindo a opinião majoritária da população brasileira sobre o assunto.

Os dados da pesquisa indicam que a oposição à anistia é significativa, com 62% dos entrevistados expressando sua discordância. Essa posição é compartilhada por uma ampla gama de segmentos da sociedade, embora haja variações nos níveis de apoio e rejeição entre diferentes grupos.

Veja os números:

  • Contra: 62% (eram 63% em março);
  • A favor: 33% (eram 31%);
  • Não sabem: 5% (eram 4%);
  • Indiferente: 1% (era 2%)

Apoio à Anistia

Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos apoiadores a anistia são homens, com 37%, enquanto 29% das mulheres entrevistadas defendem a medida. Já 64% das mulheres são contra a anistia, e 59% defendem punição para os participantes do 8/1.

Em relação ao apoio a políticos, quem declarou voto no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 defende em sua maioria o perdão aos golpistas: 45%. Já 72% dos que declararam voto no presidente Lula (PT) na última eleição presidencial são contra a anistia.

Já em relação a classe de trabalho, os funcionários públicos (68%), estudantes (68%), desempregados (67%) e moradores da região Nordeste (66%) são os grupos sociais que mais defendem a punição.

Os mais favoráveis à anistia são os assalariados sem registro (38%), empresários (37%), evangélicos (37%) e pessoas de 35 a 44 anos (36%).

O instituto ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios do Brasil nos dias 12 e 13 de dezembro, com entrevistados de idade entre 16 anos ou mais.

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