Caiado defende ação dos Estados contra incêndios criminosos

Caiado defende ação dos Estados contra incêndios criminosos

Em entrevista à GloboNews, o governador Ronaldo Caiado criticou a postura do governo federal diante da crise dos incêndios florestais no Brasil. Caiado defendeu a autonomia dos estados para agirem de forma independente no combate aos incêndios criminosos e destacou a necessidade de endurecimento da legislação ambiental. O governador também isentou os produtores rurais de responsabilidade pelos incêndios, argumentando que o setor agropecuário é o maior prejudicado pelos crimes ambientais.
 
Caiado reiterou a importância da ação conjunta entre os entes federativos para combater os incêndios florestais, mas ressaltou a necessidade de os estados terem autonomia para agir em situações de emergência. O governador goiano criticou a demora do governo federal em liberar recursos para o combate aos incêndios e afirmou que a medida, embora tardia, não será suficiente para reverter os prejuízos causados pelo fogo.
 
O governador também defendeu a classe produtora rural de acusações de envolvimento com os incêndios criminosos. Para Caiado, é irracional que produtores rurais prejudiquem o próprio negócio. Ele lembrou que o fogo causa danos irreparáveis ao solo, destruindo anos de trabalho e investimento. Caiado ainda destacou o pioneirismo de Goiás na implementação de políticas de pagamento por serviços ambientais, como o programa Cerrado em Pé, que incentiva a preservação ambiental.
Em tom crítico, Caiado afirmou que levará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a questão da autonomia dos estados para combater os incêndios florestais. O governador argumenta que a omissão do governo federal em coibir os crimes ambientais coloca em risco o meio ambiente e a vida da população. Caiado enfatizou que não medirá esforços para garantir a segurança da população e a preservação do meio ambiente em Goiás.
Caiado finalizou a entrevista reiterando o compromisso do governo de Goiás com a preservação ambiental e o combate aos crimes ambientais. O governador destacou os investimentos em tecnologia e pessoal para o monitoramento e combate aos incêndios florestais no estado.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos