Caiado defende proteção de propriedades rurais durante encontro em Brasília

O governador Ronaldo Caiado defendeu a proteção das propriedades rurais durante encontro realizado nesta terça-feira,25, pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília. “É inadmissível que se coloque em risco um segmento que traz condições de equilíbrio fiscal para o país e ao mesmo tempo oportunidades de emprego e avanços”, afirmou o chefe do Executivo goiano.

O encontro da FPA é motivado pela onda de invasões de terra, que ocorre em várias regiões do país. A ação é liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde o início do mês, em uma ação batizada de ‘Abril Vermelho’. “Cabe ao governador e às forças de segurança manterem a paz no campo. Em Goiás, não temos invasão de terras”, disse Caiado.

No Estado, somente em 2022, foram registradas 32 tentativas de invasão a propriedades, contra 16 neste ano, todas sem sucesso e encerradas de forma pacífica. A efetividade foi atribuída pelo governador ao Batalhão Rural da Polícia Militar, criado em 2019, que além de mapear as propriedades rurais, atua na prevenção de diversos crimes, como furtos e roubos. Em diversas ocorrências, como ocorreu em Hidrolândia, em março passado, a tentativa foi impedida apenas com diálogo.

Marco temporal

Caiado foi um dos convidados da reunião, que contou ainda com a presença dos governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e de Mato Grosso, Mauro Mendes. Na pauta, além das invasões de terra, os convidados também discutiram a retomada do julgamento do marco temporal, ação que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) e debate a demarcação de terras indígenas.

“São estados que correspondem com grande parcela da produção agrícola nacional e que precisam ter governadores comprometidos com a segurança jurídica e com os produtores”, afirmou o deputado federal Pedro Lupion (PR), presidente da FPA. “O governador Caiado é um ruralista”, completou ao exaltar a contribuição do governador de Goiás para o desenvolvimento da frente parlamentar que defende o produtor rural brasileiro.

“É muito importante que haja esse diálogo, temos de levar paz ao campo. Não podemos deixar que o trabalhador que está na área rural tenha sua casa assaltada, seu trator roubado ”, ressaltou o governador do Paraná, Ratinho Júnior. O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, destacou que o agronegócio é um importante setor da economia brasileira e precisa ser defendido. “É a atividade econômica com a cadeia produtiva mais longa e abrangente do nosso país”.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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