Caiado destaca importância do subsídio do transporte coletivo para usuário

A política de custeio do transporte coletivo em Goiânia e Região Metropolitana mantida pelo Governo de Goiás assegura uma economia de R$ 3,28 na tarifa ao usuário. Compromisso da administração estadual, o governador Ronaldo Caiado ressaltou que busca com a iniciativa promover um serviço de mais qualidade e com preço justo. “Nós não acrescentamos um centavo para o cidadão que utiliza o bilhete do transporte coletivo durante esses 4 anos e 4 meses”, frisou o governador. A afirmação foi dada durante entrevista ao programa Café com CBN, do Grupo Jaime Câmara, concedida nesta terça-feira, 02.

Caiado destacou a economia para o bolso do trabalhador e para empregadores que pagam pelo deslocamento de funcionários. “Isso faz com que o cidadão que usa apenas uma ida em uma volta do transporte coletivo em Goiânia tenha uma economia mensal de 157 reais por mês, com a única ida e volta”, contabilizou o governador. O custo real do transporte define a tarifa técnica em R$ 7,58, com base na seguinte composição: R$ 4,30 (valor cobrado ao usuário) e R$ 3,28 (tarifa complementar).

A atuação conjunta, via consórcio, entre Estado e os 18 municípios que subsidiam o sistema de transporte coletivo desde 2022 assegurou que não houvesse aumento no valor da passagem, congelado em R$ 4,30 desde 2018. “Fiscalizamos diariamente para saber se terá aumento na tarifa ou não. Isso é controlado, feito dentro de um cálculo bem elaborado”, afirmou Caiado. A contrapartida do Estado no subsídio do transporte custa uma média de R$ 10,6 milhões por mês.

O custo do subsídio é dividido, sendo: 41,2% do Estado de Goiás; 41,2% da Prefeitura de Goiânia; 9,4% da Prefeitura de Aparecida de Goiânia; 8,2% da Prefeitura de Senador Canedo. Ainda na rodada de entrevistas sobre o tema, o presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo e secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, destacou a integração técnica criada. “A Região Metropolitana de Goiânia tem diferencial que permite integração: o sistema de governança criado. Isso permite termos política pública integrada”, disse ao citar a composição CDTC, CMTC e RedeMob.

Tarifário

O Governo de Goiás modernizou e personalizou o tarifário conforme a necessidade do usuário. “Além de não enfiar a mão no bolso do usuário do transporte, nós temos uma campanha muito direta, explicando para as pessoas os benefícios que têm com todas essas modalidades, de que maneira podem usufruir disso”, ponderou o governador sobre os novos modelos de acesso ao transporte. Conforme levantamento feito pela Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC), foram validadas, no último mês de março, mais de 11 milhões de viagens.

Pesquisadora na área de transporte e professora da Universidade Federal de Goiás, Erika Cristine Kneib reconheceu que o avanço nos produtos tarifários no sistema da rede de transporte é uma resposta criativa dos gestores. “É uma das formas de você atrair mais pessoas a utilizarem o transporte público. O usuário ter mais liberdade de utilizar o serviço, fazer a troca de veículo e otimizar a viagem, reduzir o tempo. Isso precisa ser destacado, já que é uma evolução para o sistema”, enalteceu.

A diferenciação atual contempla quatro modelos de acesso ao transporte coletivo: o Bilhete Único com integração de linhas sem passar pelos terminais, dentro do período de 2h30; o Passe Livre do Trabalhador que oferece ao usuário oito viagens diárias, inclusive aos finais de semana e feriados. Já a Meia Tarifa é válida em trechos curtos dentro do próprio município, de até 5km, com valor de R$2,15. Há ainda o Cartão Família, que possibilita até seis integrantes da mesma família possam pagar o valor de uma única passagem aos finais de semana e feriados.

O coordenador do Fórum Mova-se e doutor na área de Transportes, Adriano Paranaíba, também ressaltou que é necessário fomentar o acesso ao serviço. “Infelizmente existe uma cultura do não uso do ônibus, é um veículo da classe pobre”, enfatizou. “Há uma redução do volume de pessoas utilizando o sistema de transporte e isso atrapalha mais ainda, deixando a tarifa técnica muito mais cara”, completou.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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