Caiado discute projetos de interesse do Estado com parlamentares goianos

O governador Ronaldo Caiado se reuniu na noite desta quarta-feira, 23, com parlamentares da bancada goiana no Congresso Nacional para tratar de projetos de interesse de Goiás. A fim de fomentar o diálogo sobre demandas que envolvem o desenvolvimento do estado, o encontro reuniu cerca de 15 parlamentares, entre deputados e senadores, na Sala de Reuniões de Líderes da Câmara dos Deputados, em Brasília.

“De dois em dois meses eu quero estar aqui com a bancada, ouvindo e recebendo-os em Goiânia também. Essa é a prática política”, afirmou o governador. O chefe do Executivo goiano classificou a reunião como produtiva e disse que foram tratados vários assuntos, desde as receitas e dificuldades do Estado, ao apoio recebido com as emendas dos parlamentares. “Nós dependemos das emendas de bancada, principalmente na nossa área de saúde, que nós expandimos muito”, sublinhou.

Desde 2019 o governo vem ampliando o atendimento à saúde com a regionalização por meio das policlínicas e conclusão de obras e reformas de hospitais em vários municípios. Ao todo, foram construídas seis policlínicas: em Posse, Quirinópolis, Goianésia, Formosa, Goiás e São Luís de Montes Belos. Juntas, as unidades realizaram, somente no ano passado, mais de 200 mil atendimentos médicos e de multiprofissionais para a população do interior.

O Governo de Goiás também está construindo em Goiânia o maior hospital público dedicado ao tratamento do câncer. Com investimentos de mais de R$ 427,7 milhões, o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA) terá mais de 44 mil metros quadrados de área construída, estrutura com mais de 148 leitos adultos e pediátricos, centro cirúrgico, centro de exames por imagem e de infusão quimioterápica. A unidade está sendo instalada às margens da BR-153, na capital. Caiado explicou que houve aumento nos gastos com o custeio das unidades de saúde e pediu a atenção da bancada na destinação de emendas para área.

RRF

Outro assunto tratado na reunião foi o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), no qual Goiás está inserido desde dezembro de 2021. No início deste mês, após o Tesouro Nacional recomendar a exclusão de Goiás do RRF por entender que o Estado já teria atendido todas as condicionantes do regime, Caiado esteve em Brasília, em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendendo a permanência do Estado no regime. Na oportunidade, Caiado citou as perdas, como no ICMS dos combustíveis e energia elétrica, em torno de R$ 5 bilhões só neste ano. Ele pediu apoio da bancada na defesa da permanência necessária do Estado no RRF.

Líder da bancada goiana na Câmara, a deputada federal Flávia Morais reafirmou. “Alguns alegam que o Estado recuperou, mas na verdade o Estado enfrenta grandes perdas com a retirada do ICMS dos combustíveis. Então, nós precisamos manter esse regime para Goiás e vamos trabalhar também em demandas importantes, como o transporte coletivo da Região do Entorno”, frisou a deputada. Flávia Morais colocou ainda toda bancada goiana à disposição do governador para o diálogo, sempre que necessário. “Aqui nós somos apartidários, não tem briga política, todos trabalhamos juntos, unidos por Goiás”, finalizou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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