Caiado diz à CPI que nunca incentivou o tratamento precoce para Covid

O governador Ronaldo Caiado respondeu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia que a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) nunca incentivou uso de medicamentos contra a covid-19 sem comprovação científica.

Por meio do documento de resposta, o governo falou que o estado nunca adquiriu com recursos próprios medicamentos para o chamado tratamento precoce por não haver comprovação científica, benefícios comprovados aos pacientes e aos riscos de efeitos colaterais. Diz ainda que a atuação do estado ficou limitada à distribuição dos medicamentos enviados pelo governo federal aos municípios, ficando a critério de cada cidade o protocolo de utilização dos remédios.

Caiado diz também que Goiás já encaminhou outros quatro ofícios à CPI, respondendo sobre recursos recebidos do governo federal para o enfrentamento da pandemia, a destinação das despesas, doações, notas fiscais, e as normas do estado relacionadas à pandemia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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