O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) diz estar com a consciência tranquila pelas ações que sua gestão promoveu durante o enfrentamento da pandemia da Covid-19. Em março de 2020, o governador chegou a romper com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), por não concordar com as falas do político – Bolsonaro, na época, afirmou que o coronavírus era uma “gripezinha”. Caiado, inclusive, foi vaiado quando enfrentou uma manifestação contra o lockdown, já que foi o primeiro governador a decretar o isolamento social no país.
A fala de Caiado foi dita hoje (9), durante um encontro com a imprensa goiana no Salão Dona Gercina, no Palácio das Esmeraldas. O governador ressalta que pelo fato de ser médico, a responsabilidade dele era maior “Não foi um momento fácil. Apanhei muito, mas tenho a consciência tranquila hoje”, disse.
“Já pensou se eu, como governador, tivesse que assistir no meu estado de Goiás cenas como nós vimos em Manaus, como nós vimos em Belém do Pará, como nós vimos em Fortaleza? Aquilo não sairia jamais da cabeça de todos nós, goianos. Pessoas morrendo por falta de oxigênio, outras não tinham leito, aquele desespero todo. Então, tudo na vida não vale quando você coloca em risco a vida das pessoas”, relatou.
Na ocasião, o governador ressaltou que no início dos casos de coronavírus no Brasil, ele estudou sobre pandemias e, com diálogos entre colegas médicos, até mesmo da Europa, ele chegou a conclusão que não poderia ter outra forma melhor do que o distanciamento social. Caiado também fez o apelo “Por favor, acreditem na ciência”, em referência ao fato de que ainda faltam muitas pessoas para completarem o ciclo vacinal completo contra a Covid-19 em Goiás.
Caiado agradece a imprensa goiana
Ao final, Ronaldo Caiado (DEM) agradeceu o apoio da imprensa na divulgação das notícias acerca do coronavírus. Vale lembrar que os veículos de imprensa criaram, no ano passado, uma parceria para trabalharem de forma colaborativa para buscar as informações sobre pandemia nos estados e municípios, visto que o governo federal passou a restringir o acesso aos dados.