Caiado é eleito presidente do Consórcio Brasil Central

Caiado é eleito por unanimidade para a presidência do Consórcio Brasil Central

O governador Ronaldo Caiado é o novo presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC). A definição pelo nome do chefe do Executivo goiano para ficar à frente do bloco em 2024 foi unânime entre os demais governadores que integram o grupo. “É uma alegria receber o apoio de meus colegas. Já vivi bastante na política e, sem dúvida alguma, é um grande desafio”, frisou o gestor durante coletiva à imprensa nesta terça-feira, 23, em Brasília. Fazem parte do bloco Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins.

Segundo Caiado, a função lhe impõe mais responsabilidade e trabalho, já que os estados que fazem parte do bloco agregam uma população de 26 milhões de habitantes de 875 municípios. No entanto, ele afirma que sua gestão será marcada por decisões trabalhadas em conjunto. “Com a participação e aprovação de todos, a pauta será cumprida por mim, seja ela em contato com o governo federal, ministérios, com a presidência ou com o Congresso Nacional”, pontuou.

O governador sugeriu alguns temas para discussão, envolvendo saúde, orçamento e segurança pública. Áreas que fazem a gestão do Caiado a mais bem avaliada do país, com aprovação de 72%, conforme a última pesquisa AtlasIntel. “Vamos construir uma agenda respeitando as atividades de cada um dos colegas em seus estados, mas trazendo a sintonia das nossas ações e experiências”, citou Caiado. Ele destacou ainda que continuará com aquisições em conjunto, a exemplo do que é feito na compra de medicamentos, em busca de economia e eficiência. “Podemos fazer na área de infraestrutura, com a compra de asfalto, e na de material de consumo dos estados”.

Por fim, o chefe do Executivo estadual reforçou que o consórcio trabalha sem preconceitos e que estará de mãos estendidas aos demais estados do Norte, Nordeste, Sul ou Sudeste, para que boas experiências em segurança, educação e saúde sejam compartilhadas. “Nossa intenção é, cada vez mais, proporcionar a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, finalizou.

Ao passar a gestão para Caiado, o governador Mauro Mendes ressaltou a união do bloco. “Temos um esforço comum para cuidar dessa parte do Brasil. São sete estados, que desde 2015 compartilham experiência e com sinergias regionais constroem alternativas para um bom desenvolvimento das políticas públicas em cada estado”.

Fórum

A eleição do novo presidente do bloco ocorreu paralelamente ao Fórum de Governadores do BrC. Na ocasião, o Governo de Goiás apresentou o projeto vencedor do Prêmio Boas Práticas do Consórcio Brasil Central. Na área de educação, o destaque foi para a iniciativa “Estudantes de Atitude”, lançada em 2019.

“É um programa que promove a cidadania, a formação ética e moral e ainda a transparência e a prevenção da corrupção no âmbito da rede estadual de ensino. É uma ação que nos orgulha muito”, afirmou o secretário de Estado de Infraestrutura, Pedro Sales, que falou em nome do Governo de Goiás. Na primeira edição, em 2019, o projeto teve a participação de 105 unidades escolares e em 2023 saltou para 780, com um alcance de quase 40 mil estudantes de 219 municípios.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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