Governadores de 20 estados devem se reunir com ministro da Saúde para discutir medidas contra a Covid-19

Governadores de 20 estados brasileiros e do Distrito Federal devem se reunir no Rio de Janeiro com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e representantes da Fiocruz para discutir as estratégias de enfrentamento ao coronavírus e a necessidade de maior agilidade na vacinação. O encontro acontece nesta segunda-feira, 8.

A reunião foi decidida após os governadores terem se posicionado favoráveis, neste domingo, 7, à criação de um “pacto nacional” com medidas restritivas e preventivas que ajudem a atenuar o pico da pandemia de Covid-19 registrado nas últimas semanas. Também deve ser discutido, no encontro, os próximos passos de aplicação das vacinas, já que o país aplicou doses em apenas 3,88% da população até o momento.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, se manifestou a favor da criação do “pacto nacional”. No entanto, Caiado não participará do encontro com o ministro por conta do tratamento de uma infecção urinária diagnosticada no dia 2 de março. Em nota, a assessoria do governador informou que Caiado já se encontra melhor e alertou que a agenda do governador está incerta por conta do período de recuperação. Ele segue em repouso.

Até a noite deste domingo, apenas cinco governadores não haviam aderido ao “pacto”. Eles são: o governador do Acre, Gladson Cameli (PP); o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB); o governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL); o governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL); o governador de Tocantins, Mauro Carlesse (DEM).

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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