Caiado enaltece capacidade de resolução de casos pela Polícia Civil

Um dos pilares da atual gestão estadual, a segurança pública viveu nesta quinta-feira (09/05) mais um momento de celebração. A data, que marca o Dia do Policial Civil, reuniu no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, o governador Ronaldo Caiado, integrantes da cúpula da área, além de parte dos 3.782 policiais efetivos da corporação, entre delegados, agentes, escrivães e papiloscopistas. Também acompanhou a solenidade a coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado.

O chefe do Executivo destacou a capacidade de elucidação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) que, em 2023, atingiu 90,5% dos casos investigados. De um total de 30 mil inquéritos enviados ao Poder Judiciário, 27 mil tiveram autoria definida. O número é o maior entre as polícias judiciárias do Brasil. “Aqui temos uma polícia com inteligência operacional e que atua em integração com as outras forças, empregando informação e com capacidade de fazer acontecer”, afirmou Caiado.

Em janeiro de 2024, Caiado nomeou 40 delegados, 430 agentes, 273 escrivães de polícia de 3ª classe e 56 papiloscopistas para a corporação. Até abril deste ano, a PCGO já realizou 52 operações em território goiano e também em outros estados, cumprindo 183 mandados de busca e apreensão, além de efetuar 123 prisões. O governador projetou que o reforço ainda seguirá surtindo efeitos positivos para a segurança pública.

Delegado-geral da PCGO, André Ganga apontou a integração entre as polícias e a valorização dos servidores como chaves para a obtenção dos resultados. “Com o apoio que tivemos do Governo de Goiás, incrementamos o efetivo em 30% no último concurso, as viaturas em mais de 10%, o que vai expandir nossa operacionalidade. Os armamentos são de primeiro mundo e importados e os investimentos em inteligência e sistemas de proteção individual. Isso acaba gerando esse resultado satisfatório, que apresentamos hoje”, enumerou.

Índices positivos em 2024

Dados reunidos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) apontam redução em todos os indicadores criminais nos três primeiros meses de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Observatório de Segurança Pública de Goiás destaca as quedas em roubo de carga (-92%), furto a transeunte (-34%), roubo em comércio (-34%), roubo de veículos (-34%), roubo a transeunte (-33%), feminicídio (-31%), furto de veículos (-27%), homicídio doloso (-24%), furto em residência (-20%), roubo em propriedade rural (-20%), furto em comércio (-16%), roubo em residência (-14%), tentativa de homicídio (-10%), estupro (-9%) e furto em propriedade rural (-6%).

Ao avaliar os dados, o governador celebrou. “Não só estamos comemorando o dia do reconhecimento dos policiais civis. Estamos festejando a consolidação no estado de Goiás da constituição brasileira. Ou seja, só existe estado democrático de direito onde há segurança pública”, reforçou Caiado ao citar que isso precisa ser evidenciado em todo território brasileiro para que toda população tenha a noção e relevância das entidades e instituições representativas da segurança pública.

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Jovem baleada por agentes da PRF continua em estado grave no hospital

A jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, permanece em estado grave, no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN),em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi internada na unidade, às 21h12, de terça-feira, 24, após ser atingida por um tiro de fuzil na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Rodovia Washington Luís (BR-040), também naquele município.

Por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da direção do HMAPN, a Prefeitura de Duque de Caxias informou que a jovem foi levada para a unidade pela PRF. “A direção do HMAPN informa que a paciente, atingida por arma de fogo (PAF) em crânio, foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências. No momento, segue internada no CTI, hemodinamicamente instável, entubada e acompanhada por equipe multidisciplinar. A paciente mantém o quadro gravíssimo”, informou em nota divulgada no início da manhã desta quinta-feira, 26.

Em entrevista ontem no Hospital, a médica intensivista do Adão Pereira Nunes, Juliana Paitach, disse que mesmo em estado grave, Juliana Leite Rangel, tem reagido positivamente aos medicamentos que vem recebendo. “Do que ela chegou para agora não teve piora. Ela se manteve em um grau de gravidade que estabilizou com as drogas que estão entrando com a medicação e não teve piora, ou seja, a pressão se manteve com a medicação que está entrando. É uma paciente jovem, que foi atendida com rapidez e muita eficiência, que tem tudo para evoluir com positividade, mas não tem como a gente saber”, afirmou.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou Procedimento Investigatório Criminal, assinado pelo procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira Benones, considerando que, conforme a Constituição de 1988 definiu, o órgão tem a incumbência da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

No texto, o procurador apontou que a jovem de 26 anos seguia de carro na companhia de familiares para comemorar o Natal e sofreu gravíssimos ferimentos. Benones destacou que ela não foi a única vítima, uma vez que o pai  dela, Alexandre, também foi baleado.

O procurador determinou que, considerando a necessidade de efetuar diligências, “visando a colheita de informações, documentos e outros elementos aptos a direcionar e definir a linha de atuação deste órgão ministerial no caso aqui apresentado”, a Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, dê informações sobre as providências adotadas. Requisitou ainda à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal, também no Rio, a identificação dos policiais rodoviários federais envolvidos na ocorrência e a identificação dos autores dos disparos.

O procurador requereu também o imediato afastamento das funções de policiamento dos policiais envolvidos no caso, além do recolhimento dos veículos “com total preservação de seu estado, conforme verificado após a ocorrência”.

Benones determinou ainda o recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance, que estavam em poder dos policiais envolvidos, “independentemente de terem sido utilizadas ou não, para realização de perícia”.

Para o HMAPN, o procurador pediu a expedição de um ofício para que o diretor da unidade informe ao MPF o estado de saúde das vítimas, independente de boletins médicos, bem como para o envio, de imediato, dos respectivos Boletins de Atendimento Médico de Juliana e de Alexandre.

Ainda no texto, o procurador determinou à Polícia do Ministério Público Federal que se dirija ao Hospital Adão Pereira Nunes, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, a identidade dos integrantes da equipe médica que prestou os primeiros socorros, bem como da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento”.

Inquérito

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a ocorrência da noite desta terça-feira, 24, que envolve policiais rodoviários federais. De acordo com a PF, as apurações começaram após ser acionada pela PRF.  Uma equipe esteve na Rodovia Washington Luís (BR-040) para realizar as medidas iniciais, como “a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal”, contou em nota divulgada ontem.

Também em nota, a Polícia Rodoviária Federal  informou nesta quarta-feira, 25, que, por determinação da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, foi aberto, na manhã de ontem, um procedimento interno para apuração de fatos relacionados aos disparos, na BR-040, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. De acordo com a PRF, “os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais”.

A corporação disse lamentar profundamente o episódio e esclareceu que, por orientação da Direção-Geral, “a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana”.

Quanto às investigações, indicou que colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas apurações do caso.

Ministério da Justiça e Segurança Pública

“A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias”, apontou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em nota divulgada pela pasta.

Lewandowski lamentou o incidente, que na visão dele, “demonstra a importância de uma normativa federal que padronize o uso da força pelas polícias em todo o país”.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública lamenta o ocorrido e se solidariza com a vítima e seus familiares. Informa ainda que tem empenhado todos os esforços para que as responsabilidades sejam devidamente apuradas”, completou a nota.

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