Caiado entrega 17 veículos a Colégios Tecnológicos de Goiás

Caiado entrega 17 veículos a Colégios Tecnológicos de Goiás

O governador Ronaldo Caiado entregou, nesta quinta-feira, 24, 17 veículos novos para os Colégios Tecnológicos do Estado (Cotecs). Os carros serão utilizados como apoio administrativo pelas unidades de educação profissional e fazem parte de um investimento de R$ 84 milhões realizado pelo Governo de Goiás ao longo de 15 meses. Na ocasião, a Universidade Federal de Goiás (UFG), responsável pela gestão da rede desde agosto de 2021, apresentou um balanço de ações desenvolvidas, com destaque para a abertura de 2 mil turmas e certificação de 26 mil alunos.

“Estamos tirando as pessoas do estado de inércia, focando naquelas gerações que não tiveram oportunidade. Isso é fundamental”, afirmou Caiado. Segundo relatório apresentado pela UFG, 60% do público atendido é formado por pessoas em situação de vulnerabilidade social que, por meio da qualificação, passam a ter oportunidade de aprender uma profissão, investir no próprio negócio e melhorar de vida. Hoje, o estado possui 17 Cotecs, que oferecem cursos como Corte e Costura, Saúde e Beleza, Rotinas Administrativas e Técnicas Culinárias, entre outros.

Antes administradas por organizações sociais, essas unidades receberam investimentos para reformas, ampliações, contratação de professores, compra de computadores, equipamentos e mobiliário. Em relação ao período anterior a 2021, houve drástica redução no índice de evasão, que passou de 76% para 16%. Visando diminuir o abandono, mais de 2 mil estudantes carentes receberam a Bolsa Qualificação, uma ajuda de custo mensal fornecida pela Secretaria da Retomada (SER) para frequentar as aulas e custear despesas com transporte e alimentação.

Além de formar mão-de-obra, a parceria com a universidade ainda contribui para fortalecer os arranjos produtivos locais (APLs), como o do ramo de confecções. O Estado adquiriu dez máquinas automáticas de corte de tecido e 140 máquinas de costura profissionais, disponibilizadas aos profissionais formados pelos Cotecs. Em Minaçu, a piscicultura foi contemplada com a compra de nove equipamentos de processamento de pescado. E, em todo o estado, 9 mil concluintes foram atendidos pelo Mais Crédito, ganhando aproximadamente R$ 5 mil, cada um, para abrir ou investir no próprio negócio.

Para Caiado, o incentivo à qualificação tem dado retorno positivo e caminha juntamente com as políticas de transferência de renda, como o Mães de Goiás e o Aluguel Social: “Se não tivermos um objetivo muito forte de manter políticas emancipadoras para que a pessoa tenha alternativa, preparo e conhecimento, nós nunca vamos dar conta de avançar em relação à cidadania e a qualidade de vida”, defendeu. “Todas as ações desenvolvidas pela rede Cotec envolvem iniciativas que visam estimular, além da formação profissional, o empreendedorismo, a geração de emprego e renda. Tudo isso sem deixar a questão social de lado, ao conceder a Bolsa Qualificação e o Crédito Social a quem se enquadra nas regras do CadÚnico”, acrescentou o secretário da Retomada, César Moura.

(Divulgação/Secom)

Futuro

A reitora da UFG, Angelita Pereira Lima, destacou que o trabalho deve ser intensificado nos próximos anos, visando o desenvolvimento das pequenas cidades: “Agora temos que avançar porque, além da formação e qualificação, temos que pensar no desenvolvimento local”, apontou. O convênio entre a instituição e o Governo de Goiás tem duração de 53 meses, a partir de agosto de 2021.

Também participaram do evento o secretário-geral da governadoria, Adriano da Rocha Lima; o diretor geral do Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia (CETT) da UFG, Moisés Ferreira; a diretora da Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural (RTVE), Silvana Coleta; a superintendente de Profissionalização da Secretaria de Retomada, Leandra Assis; e o gerente de Qualificação Profissional e Colégios Tecnológicos, Rodrigo Rodrigues.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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