Caiado afirma que forças policiais vão garantir segurança nas escolas

Governador Ronaldo Caiado enumera medidas de segurança e pede que alunos continuem indo às escolas

Ao apontar a eficiência das forças policiais goianas e as medidas que o Governo de Goiás vem tomando para garantir a segurança nas escolas em todo o estado, o governador Ronaldo Caiado reforçou a agilidade das ações e pediu tranquilidade a pais, responsáveis, estudantes, professores e toda comunidade escolar.

“Faço um pedido: continuem na sala de aula. Eles não podem destruir essa geração de jovens do nosso estado. A nossa polícia é competente, está usando as ferramentas mais sofisticadas e está com dedicação exclusiva para debelar esses focos de intimidação às pessoas”, afirmou Caiado em entrevista concedida nesta quarta-feira,12.

O governador recapitulou as diversas medidas imediatamente encampadas pelo Estado, como aquisição célere de equipamentos como detectores de metais portáteis para as escolas, autorização para vistoria de mochilas em casos suspeitos e envio de projeto de lei que dê suporte à intervenção, ampliação do policiamento e do serviço de inteligência que permite desarticular movimentações criminosas. As equipes de combate ao crime cibernético abortaram nesta semana mais de quinze casos suspeitos e os jovens foram detidos antes que um suposto ataque acontecesse.

“Na excepcionalidade, você não pode utilizar as mesmas ferramentas de um momento de normalidade. O Estado não pode se curvar ao crime e as pessoas vão entender que a polícia de Goiás é a mais preparada do Brasil”, disse Caiado. “Eu sou intransigente na defesa da vida. Essas minhas ações são a maneira que tenho de dizer que qualquer atentado à vida no estado de Goiás terá por parte do governador total combate e, ao mesmo tempo, eficiência para que o cidadão possa viver em paz”, frisou.

Para oferecer suporte e acolhimento a professores e toda comunidade escolar, o aumento da contratação de psicólogos foi outro ponto destacado. O assunto foi abordado na reunião promovida ontem, com representantes de órgãos independentes, Poderes e integrantes das forças de segurança pública. “Diante da ansiedade dos professores e das professoras, da preocupação das crianças em irem para sala de aula, eu disse para ampliar as contratações, para cada vez mais apoiar e tranquilizá-los na ação”, justificou Caiado.

Sobre o ambiente virtual, Caiado voltou a defender que as redes sociais sejam responsabilizadas, argumentando que esses canais têm competência para rastrear fake news e postagens que incitam crimes. “Nós temos que corresponsabilizar essas plataformas pelo crime que foi praticado. Se você sabe de um problema e se omite a fazer com que seja de conhecimento da polícia, você é conivente com aquela barbárie que pode acontecer”, ponderou.

Até a próxima sexta-feira,14, os projetos de lei para combate à violência nas escolas serão encaminhados para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O governador assegurou ainda que os usuários das redes que cometerem atos ilegais serão responsabilizados. “As pessoas têm que entender que nenhuma postagem de violência, de agressão, de estímulo à intimidação das pessoas pode prevalecer em nome de liberdade de expressão. Isso é crime”, disse Caiado.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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