Caiado: ‘Goiás terá um representante federal’

“Vou trabalhar muito para isso. Estive com Jair Bolsonaro, conversei longamente. Temos um estado importante. São vários colegas nossos que estarão assumindo uma função importante no governo federal. E eu, indiscutivelmente, lutarei para que Goiás tenha um espaço no cenário nacional ocupando um cargo de relevância.  Isso reflete diretamente na nossa gestão”
Durante carreata em apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-GO) na manhã desta sexta (19), em Anápolis, o governador eleito Ronaldo Caiado (Democratas) afirmou que vai trabalhar para que Goiás tenha um representante no governo federal. Caiado disse ainda que irá se empenhar para que um goiano tenha um cargo de relevância numa futura administração de Bolsonaro devido à importância do Estado no cenário nacional. Desde que declarou apoio ao candidato à Presidência, o governando eleito tem feito campanha para que Bolsonaro tenha votação expressiva em Goiás.
Após a carreata, Caiado falou também sobre a comissão de transição que deve ser implantada nos próximos dias e a respeito da parceria que pretende estabelecer no governo com os 246 prefeitos, independente da posição partidária. Ele reforçou que a sintonia com o governo federal será fundamental para se obter mais resultados em sua gestão no Estado.  “Vou trabalhar muito para isso. Estive com Jair Bolsonaro, conversei longamente. Temos um estado importante. São vários colegas nossos que estarão assumindo uma função importante no governo federal. E eu, indiscutivelmente, lutarei para que Goiás tenha um espaço no cenário nacional ocupando um cargo de relevância.  Isso reflete diretamente na nossa gestão”, disse, lembrando encontro que teve com o presidenciável na semana passada, no Rio de Janeiro.
Questionado sobre o relacionamento com os prefeitos, Caiado destacou que buscará sempre bons resultados para o cidadão. “De uma maneira respeitosa, construtiva, de parceria, para que tenhamos o melhor resultado para a sociedade. Esse é o meu objetivo claro. É trazer resultado para cada município de Goiás. Minha posição sempre foi institucional e republicana. Eu jamais agirei para forçar quem quer que seja a mudar de partido. Tenho a responsabilidade de governar para os 246 municípios de Goiás, com a presença do Estado onde for necessário”,afirmou.
Transição
O senador, e governador eleito, informou ainda que nos próximos dias deverá ter a sua comissão de transição instalada, e partir daí haverá uma radiografia mais precisa da situação do Estado. Segundo ele, sabe-se que o quadro fiscal vem se agravando, e as medidas previstas serão definidas e anunciadas após a ciência de todos os dados, com o trabalho da equipe de transição. “Infelizmente, a cada dia que passa o quadro vem se agravando mais. Sabemos da dívida estratosférica com as OS’s, com as universidades, do atraso com a parte de pagamento até de funcionários. Enfim, o hospital (Hugo) mais uma vez sem condições de funcionar. Acho um pouco precipitado (anunciar as medidas para conter déficit fiscal), já que não temos uma avaliação de todo o quadro fiscal, o que espero ter com a instalação da comissão de transição”, esclareceu.
Caiado também enfatizou que a equipe de governo terá como princípio a qualificação técnica e a busca de resultados. “Como goiano, tenho que ter respeito por todos os goianos. Tenho que fazer uma gestão que seja para todo o Estado de Goiás. Como governador do Estado, vou buscar pessoas qualificadas para cada uma das áreas. O que eu tenho que exigir é que a pessoa seja eficiente para todo o Estado de Goiás. Do contrário, não estaria cumprindo a minha função de governador”, concluiu.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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