Caiado inaugura 6º Hospital de Campanha, em São Luís de Montes Belos

O sexto Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp) de Goiás foi inaugurado nesta quinta-feira (16/07), em São Luís de Montes Belos. A unidade que leva o nome do Dr. Geraldo Landó, conta de imediato com ala exclusiva para Covid-19, formada por 34 leitos – dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 24 de enfermaria. Além dos leitos dedicados, o hospital conta 22 leitos para atendimento geral, sendo 16 de enfermaria e seis de semi-intensivo/estabilização.

Como o governador Ronaldo Caiado não pode participar pessoalmente – em razão de outros compromissos, a solenidade em São Luís contou com a apresentação de uma mensagem gravada, demonstrando a alegria em promover mais saúde aos goianos que vivem mais distantes da capital e região metropolitana. “Hoje vocês têm um hospital estadualizado, que será cada vez mais ampliado, melhorado para, terminada a pandemia, continuar prestando serviço à população, com especialistas, cirurgias”, e completou: “Essa é uma luta de todos nós. É esse o nível de consciência que eu peço a todos vocês”.

Para atender pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19, cada leito de UTI, do HCamp de São Luís de Montes Belos, está equipado com ventiladores pulmonares e monitores para aferição de sinais vitais. Representando o governador Ronaldo Caiado, o secretário de Estado da Saúde (SES-GO), Ismael Alexandrino, destacou durante a solenidade a importância da unidade para o município. “A população aqui é carente. Às vezes não carente de recurso financeiro, mas de estruturação do Estado. São Luís é uma cidade muito digna, produtiva, rica de pessoas muito valorosas. Isso tem que ser cuidado com muito zelo”, pontuou Ismael Alexandrino.

Segundo o secretário, todas as estadualizações para tornar a regionalização da saúde uma realidade no Estado já estavam previstas no plano de governo de Ronaldo Caiado, mas com a pandemia o trabalho foi ainda mais intensificado. “Em janeiro do ano passado, Goiás tinha 249 leitos de UTI; hoje tem 622. Hoje temos 1.014 leitos [de UTI e enfermaria] dedicados à Covid-19. Já vencemos a batalha? Ainda não. Hoje estamos com 85% dos nossos leitos de UTI e 60% de leitos de enfermaria ocupados. Isso significa que não faltou, em nenhum momento, assistência para quem teve Covid-19, porque não perdemos o foco nem saímos do planejamento”, ressaltou.

Emocionado e tentando conter as lágrimas, o prefeito major Eldecírio da Silva agradeceu ao governador e ao secretário de Saúde pelo Hospital de Campanha e, principalmente, pelos leitos de UTI, que não existiam em São Luís de Montes Belos. “Nada, absolutamente nenhuma conquista tem mais valor do que uma vida humana. Por mais que façamos asfalto, por mais que consertemos estradas, por mais que paguemos salários, reformemos prédios, esta é, sem dúvida nenhuma, uma das maiores, se não o maior marco da cidade de São Luís de Montes Belos”, afirmou Major Eldecírio.

O HCamp já conta com aproximadamente 100 profissionais da área da saúde e administrativo para atender aos pacientes. Destes, cerca de 12 são médicos e 25 enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e fonoaudiólogos. Conforme o diretor-técnico da unidade, Edson de Sousa Brito, o hospital já está pronto para receber os primeiros pacientes. “A partir de hoje, já vamos iniciar o atendimento à população. Na portaria são três médicos que atendem dia e noite, mais um para a área da Covid-19 na enfermaria e na UTI teremos de seis a oito profissionais”, declarou Edson Sousa Brito.

Estadualização
O hospital foi estadualizado pelo governador Ronaldo Caiado, por meio de lei de nº 20.769, de 16 de abril de 2020. E os dez leitos de UTI em São Luís de Montes Belos são os primeiros da rede pública nas regiões Oeste I e II de Goiás, que abrangem 29 municípios. O HCamp também conta com aparelhos para realização de exames de imagem, como tomógrafo e raio-x, e de laboratório.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Adriana Papel Dib, a estadualização do hospital era um sonho antigo do município. “Fico emocionada, era algo almejado há mais de 15 anos. Era muito sonhado um momento que se pudesse estadualizar esse hospital, porque os gestores não conseguiam mais absorver a demanda da região”, ressaltou. Nas palavras de Adriana Dib, a gestão estadual da unidade é um divisor de águas para a saúde da população. “Existe uma saúde antes da estadualização, e existe uma saúde depois”, reiterou.

Após a pandemia, a unidade continuará os atendimentos aos cidadãos do município e da região em caráter de Hospital Regional, oferecendo a sua capacidade total de 56 leitos à população de São Luís de Montes Belos, Amorinópolis, Aragarças, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Diorama, Fazenda Nova, Iporá, Israelândia, Ivolândia, Jaupaci, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Novo Brasil, Palestina de Goiás, Piranhas, Adelândia, Aurilândia, Buriti de Goiás, Cachoeira de Goiás, Córrego do Ouro, Firminópolis, Palmeiras de Goiás, Palminópolis, Paraúna, São João da Paraúna, Sanclerlândia e Turvânia.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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