Caiado inaugura parque em homenagem às vítimas do atentado em Israel

Caiado inaugura parque em homenagem às vítimas do atentado em Israel

Caiado inaugura parque em homenagem às vítimas do atentado em Israel

Em homenagem às vítimas do ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, o governador Ronaldo Caiado inaugurou, nesta quarta-feira (28/2), o parque “Am Israel Chai” (O povo de Israel vive), na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO), em Goiânia. O local recebeu o plantio de 1.200 mudas doadas pela Embaixada de Israel no Brasil, em alusão ao número de mortos.

Caiado ressaltou que o gesto também é uma forma de acolher o povo judeu em Goiás. “Esse parque será propriedade dividida com todos os judeus de Goiás e de outros estados, para que possam ver essa homenagem às vidas que foram retiradas de maneira bárbara e violenta. Goiás parte na frente ao criar esse parque, que servirá para o povo de Israel saber que, ao visitar o estado, será muito bem recebido”, destacou o governador.

De acordo com o presidente do Detran, Delegado Waldir, o local foi inspirado em um projeto de arborização das margens do Rio Meia-Ponte. “Nós trouxemos essa ideia, procuramos alguns órgãos, mas não tínhamos uma área própria, por isso a gente resolveu colocar dentro da nossa casa. É a nossa singela homenagem”, explicou. As mudas são de espécies nativas do Cerrado, sendo uma delas de oliveira, árvore típica de Israel.

O embaixador de Israel, Daniel Zonshine, explicou que a proposta é unir a homenagem com ações sustentáveis. “A ideia é de que a perda de cada um seja traduzida em renovação e, ao mesmo tempo, contribuir com a seguridade do meio ambiente”, afirmou. “Estamos olhando para os próximos anos e é importante para nós que esse bosque não apenas nos lembre do terrível evento que passou, mas também apresente um caminho a ser seguido”, ponderou Zonshine.

Caiado reforçou que o estado está aberto para receber os judeus e pediu pela paz. “É uma honra enorme tê-los aqui, porque nos traz a experiência e cultura de um povo que compartilha seus avanços tecnológicos e científicos. Aqui em Goiás a comunidade judaica pode viver em paz. Todos nós buscamos a paz, é o que queremos em nossas vidas”, salientou.

Parceria

Durante o evento, foram assinados dois termos de cooperação entre o Governo de Goiás e Israel. O primeiro firma ações conjuntas e políticas públicas de combate ao preconceito ao povo israelense e às instituições judaicas. O segundo acordo estabelece diretrizes para o compartilhamento de tecnologias em diversas áreas. “Apresentamos nosso compromisso de aumentar a cooperação em áreas como agricultura, indústria, defesa e muitas outras. Assim esperamos contribuir para a melhoria da qualidade de vida em Goiás”, projetou Daniel Zonshine.

No âmbito da agricultura, o acordo de cooperação entre Goiás e Israel prevê, por exemplo, a troca de informações e compartilhamento de tecnologias no sentido de aperfeiçoar o projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã. A expectativa é que as técnicas desenvolvidas em Israel para o plantio de frutas sirvam de referência e contribuam para alavancar a produção agrícola no Nordeste goiano.

O projeto do Governo de Goiás foi apresentado a Daniel Zonshine em agosto de 2023, quando o embaixador visitou uma das propriedades que produzem manga e maracujá irrigados, no município de Flores de Goiás. Segundo o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Pedro Leonardo de Paula Rezende, o acordo representa um passo importante para a agricultura goiana. “A experiência israelense em tecnologia agrícola, especialmente no manejo de água e cultivo de frutas em ambientes desafiadores, promete trazer benefícios significativos para o projeto”, explicou.

O vice-governador Daniel Vilela ressaltou a importância estratégica da parceria. “Israel, como o detentor da melhor tecnologia de irrigação do mundo, se colocou à disposição, com toda a tecnologia do governo, para nos auxiliar e transformar a região mais vulnerável do nosso estado”. Vilela também agradeceu pelo apoio de Israel na educação em Goiás. O país fornece para a rede estadual de ensino os óculos OrCam MyEye, que possui tecnologia avançada para pessoas com deficiência visual ou com dificuldade de leitura.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos