Caiado lança programa que amplia segurança alimentar a famílias vulneráveis

O governador Ronaldo Caiado, lançou nesta terça-feira (26) em evento no Banco de Alimentos da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), em Goiânia, o programa NutreBem. O programa será responsável pela distribuição do Mix do bem, um alimento nutritivo que contribuirá com a ampliação e segurança alimentar das famílias em situação de vulnerabilidade social no estado.

O produto conta com arroz, proteína de soja, cenoura, tomate, alho e cebolas desidratados e não contem gorduras trans, gorduras saturadas ou lactose. O produto é de preparo rápido e rende até 10 porções.

“Estamos garantindo o padrão nutricional, com a reposição de minerais, de nutrientes necessários para manter a pessoa alimentada durante o seu dia”, declarou o governador. Segundo Ronaldo Caiado, o programa representa um ponto de superação ao reunir conhecimento científico e gestão pública com eficiência para levar benefícios ao cidadão vulnerável.

“As transformações maiores podem acontecer desde que estejamos instigados de um mesmo sentimento, seja a competência, a boa gestão, a pesquisa, a ciência e também a honestidade de princípios”, afirmou.

Além desta refeição, o NutreBem também irá distribuir legumes embalados a vácuo e frutas desidratadas para reforçar as doações feitas às famílias mais vulneráveis. Os itens possuem características que possibilitam a chegada às comunidades mais afastadas, já que frutas e legumes são alimentos mais perecíveis, o que impede o transporte para lugares mais distantes.

Ronaldo Caiado, fez o compromisso de levar outras melhorias para o setor, com previsão de destinação de veículos para qualificar a logística da distribuição dos alimentos.

Os testes para o processamento foram feitos com o apoio de nutricionistas, engenheiros de alimentos e professores da Universidade Federal de Goiás (UFG). O reitor da instituição, Edward Madureira, que está em seu terceiro mandato, classificou o governador como o “parceiro que acreditou” na universidade em função dos inúmeros projetos já estabelecidos.

Caiado em solenidade na OVG/ Foto: Wesley Costa

“Sempre tive o sonho de ver a universidade absolutamente integrada ao desenvolvimento do nosso estado”, afirmou. “Essa é a maior missão da universidade; formar pessoas e produzir conhecimento”, disse. Segundo o reitor da instituição, projeto como esses só são possíveis “com decisão política e determinação”.

Já a diretora  da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Adryanna Melo Caiado, acredita que o conjunto de iniciativas irá contribuir “de forma efetiva” na diminuição da fome em Goiás, por garantir que os alimentos cheguem a todos os que necessitam.

“A OVG acredita que as pessoas são responsáveis pela construção do mundo à sua volta e que garantir a segurança alimentar e nutricional da população é uma forma de combater causas estruturais da pobreza, auxiliando assim no desenvolvimento da sociedade”, ressaltou, ao mencionar que o estado deve chegar em breve a 1 milhão de cestas básicas já distribuídas.

Banco de Alimentos

Em julho de 2019 a OVG assumiu o Banco de Alimentos, com um trabalho que comportava 100 famílias. Deste então, com o apoio do Governo de Goiás, foi feita melhorias na estrutura e na forma de coleta e distribuição. Atualmente são mais de 1.000 famílias beneficiadas por mês, com um total de 3 mil toneladas de frutas, verduras e legumes distribuídos, que beneficiam cerca de 45 mil pessoas.

Além disso, como auxílio na luta contra a fome, o Banco de Alimentos já promoveu em todo estado ações de educação alimentar e nutricional em cerca de 724 entidades sociais que cuidam de crianças, grávidas, idosos e pessoas em tratamento de saúde. assim como as 620 famílias em situação de vulnerabilidade social.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp