Caiado lança projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã

O Projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã, do Governo de Goiás, vai atender 150 produtores da região Nordeste do estado. A iniciativa foi lançada nesta quarta-feira, 13, pelo governador Ronaldo Caiado, que destacou a sua importância para desenvolver a economia local. “Quero transformar o Nordeste e ver todo mundo produzindo, ganhando dinheiro, com uma vida melhor. Por isso trouxe o que há de mais moderno em tecnologia” celebrou.

A ação inédita estimula o cultivo de manga e de maracujá, a partir do acompanhamento com assistência técnica da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seapa), e oferta de estrutura de irrigação, adquirida com investimento de R$ 9,8 milhões, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O primeiro edital de seleção de interessados está aberto e as inscrições podem ser feitas até dia 27 deste mês.

“A região possui todas as características climáticas e agronômicas que favorecem o cultivo, além da parte de logística, devido à proximidade com grandes centros consumidores, como Brasília e Goiânia”, comentou o secretário da Agricultura, Pedro Leonardo. A estimativa é que cada família envolvida no projeto tenha uma receita bruta superior a R$ 210 mil por hectare, sendo que deve ser coberta uma área de 296 hectares.

O prefeito de Flores de Goiás, Altran Avelar, disse que os agricultores locais estão com “a esperança renovada diante das oportunidades”. Um deles é Edgar Santos, que fez parte do projeto piloto, com outros nove agricultores que já se preparam para produzir. “Estou muito feliz por fazer parte desse projeto. Incentivo meus amigos produtores a participar. Vamos fazer um movimento para Flores de Goiás crescer e vencer a pobreza”, afirmou.

Um dos destaques no lançamento do projeto foi a presença do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, que veio conhecer o potencial do Nordeste goiano para a fruticultura. Em discurso, ele disse que o país tem interesse em firmar cooperação com Goiás na área. “É uma maneira de podermos trazer a experiência, a tecnologia e os métodos que usamos”, disse o representante do país que é referência mundial em agricultura.

A expectativa do governo, conforme Caiado, é contar com a expertise estrangeira nas etapas de ampliação do projeto, que possui autorização para ser estendido paulatinamente. “Já temos outorga com autorização de irrigação para chegar a até 2 mil famílias”, explicou o governador. A ação é parte do Goiás Social e integra as políticas de Goiás para incentivar a agricultura familiar, principalmente assentados da reforma agrária.

Inscrições

Os agricultores interessados devem se inscrever pelo site www.agricultura.go.gov.br. Eles receberão uma visita da equipe da Seapa e da Emater, para verificação da aptidão do produtor e da propriedade com base em critérios técnicos. As terras escolhidas receberão um conjunto de irrigação para cobrir dois hectares, além de assistência técnica da Emater e do Senar Goiás para manejo da produção. O Sistema OCB-GO dará apoio à criação de cooperativas.

Infraestrutura

Ainda em Flores de Goiás, Caiado entregou duas pontes de concreto na GO-236, sobre o Rio Macacos, em substituição a estruturas de madeira. Juntas, somam 53,50 metros de extensão e irão melhorar a trafegabilidade de quem transita entre o município e Alvorada do Norte. O Estado investiu R$ 1,6 milhão nas obras. O presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Lucas Vissotto, informou que seis pontes de madeira já foram substituídas somente este ano na região.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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