O governador Ronaldo Caiado (UB) transformou a crise de segurança no Rio de Janeiro em um novo front político nacional. Nesta quarta-feira (29), ele não apenas colocou as tropas de Goiás à disposição do governador Cláudio Castro (PL) como participou de uma reunião por videoconferência com outros governadores de oposição – incluindo Tarcísio de Freitas (SP) e Eduardo Leite (RS) – para articular uma posição comum sobre segurança pública . O movimento é uma resposta direta à megaoperação mais letal da história do Rio, que deixou mais de 120 mortos, e à acirrada disputa de narrativas entre o governo do Rio e o Planalto. Caiado foi enfático ao criticar a falta de apoio federal: “O presidente Lula simplesmente disse que não vai autorizar tropa…”. A oferta de reforços, no entanto, é majoritariamente simbólica: o governador do Paraná, Ratinho Júnior, também fez a mesma proposta, mas foi informado de que não era necessária . Enquanto isso, o Ministério da Justiça rebateu, listando em uma nota a atuação da Força Nacional no estado desde 2023 e todos os recursos federais disponibilizados e não utilizados . Para Caiado, que é pré-candidato ao Planalto, o gesto consolida sua imagem de governador da “mão dura” e herdeiro do eleitorado que clama por segurança.



