Caiado participa de reunião do Conselho da Federação

Caiado participa de reunião do Conselho da Federação

O governador Ronaldo Caiado participou, nesta quarta-feira (3/7), da terceira reunião ordinária do Conselho da Federação, em Brasília. O encontro reuniu representantes do governo federal, estados e municípios para discutir encaminhamentos em agendas comuns aos entes federados, como negociação de dívidas, educação e assistência social.

“São temas relevantes que nós vamos trabalhar aqui hoje. Espero que a gente ganhe melhores perspectivas”, afirmou o governador, ao chegar ao Palácio do Planalto.

CONSELHO DA FEDERAÇÃO

A reunião, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abriu a palavra para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reconheceu a dificuldade de estados e municípios endividados.

“Já são nove anos em que não há uma repactuação, a judicialização cresce e a inviabilidade dos estados e municípios vai ficando evidente”, pontuou. “Esperamos que até o final do mês a gente consiga concluir essa negociação”, declarou Haddad.

Durante o evento, Caiado classificou o índice de correção atual da dívida, de 4% acima do IPCA, de “agiotagem”. Ontem, em encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ele afirmou que a dívida “asfixia cada vez mais os estados, impossibilitando investimentos” e defendeu a mudança do indexador para IPCA mais 1%.

A alteração pode gerar uma economia de R$ 1,6 bilhão para o estado, de acordo com a Secretaria da Economia.

EDUCAÇÃO

Também entrou em pauta uma alteração para o repasse do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). A iniciativa vai possibilitar liberação de verbas a escolas com pendências de prestação de contas antigas.

“São R$ 100 milhões que estão deixando de ser repassados para as escolas de todo Brasil. Essa pendência vai ser resolvida a partir de uma resolução assinada hoje”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana.

SOCIAL

Outro encaminhamento foi a assinatura do projeto de lei que institui a Política Nacional de Cuidado. “Vamos nos lembrar de pessoas que se dedicam a vida inteira cuidando de outra pessoa e por isso não estudam, não trabalham, não têm previdência, não têm amparo”, detalhou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

CONSELHO

O Conselho da Federação foi criado em abril de 2023 para incentivar estratégias conjuntas entre União, estados e municípios para implementar medidas que promovam o desenvolvimento econômico sustentável e a redução das desigualdades sociais e regionais.

Além de Caiado, participaram da reunião os governadores Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte).

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Mulheres processam Johnson & Johnson por alegações de talco causar câncer de ovário

Quase 2 mil mulheres britânicas, incluindo pacientes com câncer, sobreviventes e suas famílias, estão se preparando para mover uma ação coletiva contra a Johnson & Johnson, alegando que o uso do talco da empresa causou câncer de ovário. Este será o primeiro processo desse tipo enfrentado pela companhia no Reino Unido, e tem o potencial de se tornar a maior ação judicial envolvendo um grupo farmacêutico na história da Inglaterra e País de Gales. Nos Estados Unidos, a Johnson & Johnson já enfrentou mais de 62 mil processos relacionados ao talco, resultando em pagamentos ou reservas de pelo menos US$ 13 bilhões em indenizações.

Contaminação com Amianto e Ação Judicial

As advogadas das reclamantes alegam que o talco da Johnson & Johnson estava contaminado com amianto, uma substância cancerígena, e que a empresa omitiu informações sobre o risco aos consumidores. Tom Longstaff, sócio da KP Law, que representa as vítimas no Reino Unido, afirmou: “A empresa sabia há décadas que o amianto estava presente e era perigoso, mas não fez nada para alertar os consumidores. Estamos empenhados em ajudar o maior número possível de pessoas a buscar justiça contra os executivos ávidos por lucro.”

Por sua vez, a Johnson & Johnson refuta as acusações e defende que elas são ilógicas e distorcidas. A empresa descontinuou a venda de talco à base de minerais no Reino Unido em 2022 e nos Estados Unidos em 2020, citando pressões financeiras e “desinformação” em torno do produto como justificativa.

Embora o talco seja fabricado a partir de um mineral natural, estudos sugerem que ele pode conter pequenas quantidades de amianto, cujas fibras podem causar danos graves ao corpo humano, como inflamações e câncer. Em julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o talco mineral como “provavelmente cancerígeno para seres humanos”.

Relatos de Mulheres Diagnosticadas com Câncer de Ovário

Entre as mulheres que ingressaram na ação está Linda Jones, de 66 anos, diagnosticada com câncer de ovário em novembro do ano passado. Ela usou talco desde a infância e compartilhou sua surpresa ao descobrir uma possível ligação entre o uso do produto e sua doença. “Confiávamos no que os anúncios diziam. Quando fui diagnosticada, nunca imaginei que o talco poderia ter causado isso”, afirmou Linda.

Cassandra Wardle, de 44 anos, também foi diagnosticada com câncer de ovário em 2022 e usou talco desde a infância, assim como Sharon Doherty, de 57 anos, diagnosticada com câncer de ovário e trompa de falópio. Sharon passou por cirurgia e quimioterapia, mas a doença retornou, e ela aguarda tratamento pelo NHS.

Posicionamento da Johnson & Johnson

A Johnson & Johnson se defende, afirmando que sempre priorizou a segurança de seus produtos. Erik Haas, vice-presidente global de assuntos jurídicos da empresa, declarou que a companhia utilizou protocolos de testes rigorosos ao longo das décadas e que esses testes mostraram consistentemente a ausência de amianto no talco para bebês. Além disso, Haas afirmou que estudos independentes não associam o talco ao câncer de ovário ou ao mesotelioma.

Ele também destacou que a empresa venceu ou reverteu em apelação a maioria dos casos nos Estados Unidos relacionados a essas alegações.

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