O governador Ronaldo Caiado prestou solidariedade, nesta segunda-feira, 17, às goianas que ficaram 38 dias presas injustamente em Frankfurt, na Alemanha, após terem as bagagens trocadas por malas com drogas. “Não é justo que as pessoas fiquem a critério de quadrilhas montadas dentro de aeroportos”, disse o chefe do Executivo estadual ao cobrar um endurecimento da legislação contra tráfico internacional de drogas. Kátyna Baía, Jeanne Paollini e familiares foram recebidas pelo governador e pela primeira-dama Gracinha Caiado, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.
Caiado explicou que ficou preocupado ao saber da situação das goianas e acionou o Gabinete de Relações Internacionais de Goiás, responsável por prestar apoio de comunicação das famílias de goianos vitimados no exterior com as instituições do poder público, no Brasil e no Exterior. “Nosso secretário responsável pela área, Giordano Souza, entrou em contato imediatamente com o Itamaraty e com a embaixada na Alemanha. A partir daí fizemos contato com os familiares para que déssemos o apoio necessário e, com isso, pudéssemos esclarecer o mais rápido possível essa injustiça”.
Kátyna Baía contou que os órgãos responsáveis começaram a se movimentar após o contato do Governo de Goiás. “Assim que o governo ficou ciente do que se tratava e que a polícia estava em investigação, eles fizeram tudo o que deveria ser feito, porque ainda corria uma investigação da Polícia Federal para prender os verdadeiros envolvidos. Imediatamente, começaram a movimentar os órgãos que eram responsáveis, cobrando, inclusive, agilidade e pontualidade”, afirmou.
Jeanne Paollini comentou que está recuperando a sensação de segurança aos poucos. “Para uma pessoa inocente que fica em um presídio, uma hora se torna um dia. Foi humilhante porque nós éramos inocentes, mesmo assim fomos algemadas, acorrentadas pelos pés e tivemos de passar por várias vistorias íntimas”, disse Jeanne.
Combate ao tráfico
O governador agradeceu à imprensa pela denúncia do caso e à Polícia Civil de Goiás pela contribuição na investigação. “Nossa polícia identificou que foi feita uma troca grosseira das malas delas. Para isso ser comprovado, elas permaneceram 38 dias presas na Alemanha. Além de cobrar do Congresso Nacional o endurecimento da legislação contra tráfico de drogas nos aeroportos, Caiado ressaltou a importância da responsabilização das companhias aéreas. “Essas empresas devem fazer o controle das malas que nós depositamos”.
“Uma das nossas bandeiras é exigir que o Congresso analise a possibilidade de elaborar um Projeto de Lei que restrinja o uso de celulares na área restrita do aeroporto. O principal responsável é a companhia aérea, foi com a companhia que elas tiveram uma relação de consumo, compraram as passagens, entregaram as bagagens na mão do atendente”, explicou a advogada das goianas, Luna Provázio.